Comércio aprova projeto de moradias na região central de Santos
Representantes dos comerciantes acham que atrair moradores vai reativar atividade econômica no Centro
Representantes do Comércio de Santos aprovam a proposta da Prefeitura para a criação de moradias na área central da Cidade e acham que a medida vai favorecer a atividade econômica. Conforme ATribuna.com.br mostrou no domingo (16), a Administração Municipal começou a cadastrar imóveis no Centro, Paquetá, Vila Nova, Valongo, Bairro Chinês e Vila Mathias para incluí-los em programa de habitação, caso os proprietários tenham interesse.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Santos, Camilo Rey Andújar, acredita que o projeto é de extrema importância. Ele lembra que no passado o Centro era o principal corredor comercial da região, “era densamente habitado, tinha vida própria, comércio, em eventos, vida noturna intensa”.
Hoje, diz ele, a área central é pouco movimentada de dia e deserta à noite, sem contar os inúmeros imóveis antigos degradados, muitas vezes tombados pelo patrimônio histórico. “Para que este quadro se reverta, o caminho é reativar as habitações no Centro. O poder público terá de criar mecanismos de incentivos para as construtoras investirem na ideia e atrair novos habitantes”.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (Sincomércio-BS), Omar Abdul Assaf, considera a ideia da Prefeitura excelente, mas diz que já perdeu a esperança. “Toda Administração fala (que vai resolver), é alegra isso, alegra quilo e o Centro continua destruído, mal aproveitado. A Prefeitura precisa se envolver e fazer acontecer. O prefeito está se empenhando, e precisa mesmo arregaçar as mangas e não deixar só no papel”.
A proposta
A manifestação de interesse deve ser feita pelo dono do imóvel, se cadastrando em www.santos.sp.gov.br – Cadastro de imóveis - moradias na Região Central. É preciso informar dados pessoais, anexar matrícula e certidão de valor venal do imóvel, além de assinar um termo em que concorda que técnicos da Prefeitura inspecionem o imóvel, para possível seleção em programas habitacionais.
São considerados imóveis de todos os tipos: prédios, casas, lotes, terrenos, e podem estar ocupados ou vazios, com nível de proteção histórica ou não, precisando de restauração ou não. Esse primeiro passo dará à Prefeitura uma radiografia dos imóveis com que poderá trabalhar na política de ocupar o Centro com moradias. Os donos dos imóveis cadastrados e aceitos no programa serão pagos conforme o valor venal.
A etapa seguinte é lançar no mercado uma Manifestação de Interesse Privado (MIP), quando empresas poderão fazer propostas para habitações na região central de acordo com os imóveis que foram cadastrados. Depois de escolhido o melhor projeto, será feito um edital para uma parceria público-privada (PPP) que permita a construção ou a transformação dos imóveis em moradias para serem vendidas.
