Colégio em Santos entra em quarentena por duas semanas
Escola no bairro Campo Grande confirmou oito casos de Covid-19 entre funcionários, e dois de alunos
A escola Pixote e Evoluir, no Campo Grande, em Santos, confirmou 10 casos positivos de covid-19 na última semana, sendo oito entre funcionários e dois entre alunos. Diante das infecções, a unidade suspendeu as atividades presenciais e entrou em quarentena por duas semanas. Segundo comunicado aos pais, ao qual A Tribuna teve acesso, os funcionários estão em isolamento em casa com sintomas leves - a exceção é uma professora, hospitalizada.
O colégio retomou as atividades deste ano em 11 de janeiro, com o curso de férias, e seguiu com a volta às aulas em 1º de fevereiro, no sistema híbrido – aulas on-line e presenciais. No dia seguinte, houve o 1º registro positivo para coronavírus na comunidade escolar: uma professora. A turma atendida por ela teve aulas suspensas e ainda não retornou. No domingo, a direção da escola foi comunicada sobre mais três colaboradores que testaram positivo e uma suspeita.
Conforme o colégio, assim como no primeiro caso, foram seguidas as orientações e protocolos de saúde e houve a decisão de submeter os demais colaboradores a testes para detecção do vírus. Então, outros cinco casos acabaram confirmados. Logo depois, a escola foi informada dois positivos para o vírus em alunos.
“Comunicamos todos os pais e responsáveis sobre a suspensão das atividades presenciais, até que as medidas cabíveis fossem adotadas para este novo momento. As confirmações foram relatadas à supervisão de ensino e ao Sistema de Informação e Monitoramento da Educação”, explicou a instituição, em nota.
Segundo o colégio, no mesmo dia, uma empresa especializada foi contratada para desinfecção do local e uma infectologista foi contratada para aprimorar os protocolos de prevenção e conduzir o plano de contenção a partir de agora. A diretora Thais Martins Paes de Almeida destaca a transparência nas informações e garante que a escola está acompanhando e prestando assistência aos colaboradores. Reitera ainda o cumprimento das medidas de prevenção no ambiente escolar.
100% de garantia
Segundo Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), que representa as escolas particulares, “no meio de uma pandemia, não há 100% de garantia de que não haverá casos de covid nas escolas”.
Para ele, é importante que as unidades sigam os protocolos e, caso haja confirmação, isolem a pessoa ou a turma. “Vivemos um momento de mutação do vírus, então a forma que estamos trabalhando hoje pode mudar amanhã. Ainda assim, o lugar mais seguro a uma criança é a escola, onde há protocolos e acompanhamento”.
