Mais de 50 motos, carros e caminhões circularam, no começo da tarde deste domingo (17), pelas ruas de Santos em uma carreata que pede a abertura do comércio e a flexibilização da quarentena. Profissionais de diversos setores se reuniram na frente do teleférico, em São Vicente, e saíram sentido Ponta da Praia. Manifestações similares ocorreram em outros pontos do País, no momento em que o Estado de São Paulo supera o número de mortes da China, primeiro epicentro da pandemia global
"Não temos fundo partidário. Nosso partido é o Brasil. Queremos a abertura de um comércio que está há 65 dias fechado. Pedimos a abertura das praias de Santos. Em São Vicente, as coisas estão mais flexíveis. Em nenhum lugar do mundo se fez um fechamento tão forte e radical com um índice de mortalidade tão pequeno, que não chega a 1% da população da região", defende Walter Parreira, do grupo Trincheira Patriótica.
O delegado Carlos Alberto de Sá Romano também entende que não é correto o fechamento de empresas e comércios, além da proibição de atividades de profissionais liberais e autônomos. "Não há necessidade dessa decisão abrupta. Muitos não têm condições de manter suas famílias e empresas estão demitindo em massa. Queremos, mais uma vez, sensibilizar o prefeito de Santos e conscientizar a população para que se manifeste de forma democrática e cidadã para a volta ao trabalho com as cautelas possíveis".
Bolsonaro
Diversas cidades brasileiras tiveram atos pontuais em favor da flexibilização das regras de isolamento e reabetura das atividades comercias. Em Brasilia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste domingo (17), na rampa do Planalto, que no ato que acontece em frente do palácio não há nenhuma faixa que atente contra a Constituição e o Estado Democrático de Direito.
Bolsonaro deu parabéns aos manifestantes por não portarem nenhum cartaz com mensagens contra a democracia, como as que defendiam em outros protestos o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).
"O governo federal tem dado todo o apoio para atender às pessoas que contraíram o vírus, e esperamos brevemente ficar livre dessa questão, para o bem de todos nós. O Brasil com certeza voltará mais forte. O que nós queremos é resgatar os valores que formam nossa nacionalidade, respeita a família, ter uma a boa política externa. Tenham certeza que movimentos como esse fortalecem o nosso Brasil acima de tudo", disse.
Acompanham o presidente na rampa dez ministros, entre eles Onyx Lorenzoni (Cidadania), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), André Mendonça (Justiça e Segurança Pública), Abraham Weintraub (Educação) e Bento Albuquerque (Minas e Energia). Também está presente o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente. Todos usam máscaras de proteção.
Nas faixas em frente ao Planalto há dizeres como "Nossa bandeira jamais será vermelha" e "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Há também manifestantes com Bandeiras do Brasil, além de Estados Unidos e Israel.
* Com informações do Estadão Conteúdo