Começa nesta sexta (10) a campanha Março Amarelo, em Santos. O ponto de partida é o seminário SBE e Elas, promovido pela Sociedade Brasileira de Endometriose e pelo Endomulheres.
Segundo a presidente do Endomulheres Baixada Santista, Flávia Marcelino, iniciativas do tipo reforçam a importância de exames preventivos da doença, que, na forma grave, pode levar à infertilidade e afetar outros órgãos.
Na rede municipal de saúde, houve 181 consultas em 2022 no Instituto da Mulher e Gestante. Encaminharam-se 79 pacientes para cirurgia no ambulatório de endometriose, no Complexo Hospitalar dos Estivadores, de caráter regional.
Neste ano, o Instituto da Mulher teve 29 consultas com foco na endometriose. Destas, 14 tiveram encaminhamento para cirurgia.
Segundo a ginecologista Luciana de Paiva Nery Soares, os sintomas incluem cólica, dor em relações sexuais, dor e sangramento ao urinar, fadiga, diarreia, dificuldade de engravidar e infertilidade.
Ainda segundo ela, fatores genéticos, imunológi-cos e hormonais podem levar à doença. Como a doença tem diagnóstico difícil e não há cura, é necessária atenção para que a paciente não sofra tanto com suas consequências.
“É fundamental fazer acompanhamento periódico com exames de rotina. Dessa forma, qualquer alteração poderá rapidamente ser observada, e o diagnóstico, realizado precocemente, favorecendo o tratamento adequado e minimizando os impactos da doença no organismo”, pondera Luciana.
Segundo o secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, mesmo que os sintomas sejam tão incômodos, a doença pode não ser diagnosticada a tempo. “O quanto antes a doença for detectada, menores serão os prejuízos para a saúde da paciente”, emenda.