Banca em Santos coloca uma 'caixinha da esperança' com mensagens no Gonzaga

Em três meses, funcionária estima que mais de 2.300 bilhetinhos foram retirados

Por: Natalia Cuqui  -  18/06/21  -  17:51
   Em três meses, funcionária estima que mais de 2.300 bilhetinhos foram retirados
Em três meses, funcionária estima que mais de 2.300 bilhetinhos foram retirados   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

A Banca Estátua no Gonzaga, muito conhecida entre os moradores de Santos, decidiu tornar mais alegre os dias de quem passa em frente ao local: uma "caixinha da esperança" foi instalada bem na frente da banca. A funcionária Ivânia de Oliveira Simão, conhecida carinhosamente como Lili, de 51 anos, contou à reportagem sobre como a ideia surgiu.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Lili, que era casada com Amâncio Pires, explica que essa ideia das mensagens é muito comum entre testemunhas de Jeová, religião da qual ela faz parte: "a gente não pode levar as mensagens nas casas das pessoas por conta da pandemia, então criamos as caixinhas com mensagens sobre amor e esperança para deixar aqui na banca".


Na banca, a caixinha completa três meses em junho e segundo ela, mais de 2.300 mensagens já foram retiradas. Alguns frequentadores pedem até mesmo para que outras pessoas busquem as mensagens diariamente no local. "Recebemos muitos elogios, as pessoas tem gostado de ler as mensagens", ressalta Lili.


Durante a pandemia de coronavírus, a doença fez uma vítima: o sr. Amâncio. Ivânia contou que, há pouco tempo, recebeu a visita de um garoto de 10 anos que ficou arrasado ao saber da partida de Amâncio. "A gente percebia a tristeza no olhar do menino. Ele vinha com o avô há muitos anos para trocar figurinhas e ficou inconsolável ao saber que o Amâncio morreu".


Ela ressalta que mesmo com os eventos ruins, é muito importante resgatar as boas memórias vividas: "não é fácil, tentamos levar um dia normal mesmo sem ser normal. É um dia após o outro, a gente tem que seguir, ajudar um ao outro principalmente na questão emocional", finaliza.


Confira mais em ATribuna.com.br:



Logo A Tribuna
Newsletter