Um ano após acidente, jovem de Praia Grande terá que amputar a perna e pede ajuda para prótese

Alexandre buscou tratamento, mas não conseguiu evitar a perda do membro. Ele ficou 100 dias internado no hospital

Por: Ágata Luz  -  07/05/21  -  06:53
Atualizado em 07/05/21 - 12:40
    Durante os mais de 100 dias internado, o jovem pegou uma bactéria na perna
Durante os mais de 100 dias internado, o jovem pegou uma bactéria na perna   Foto: Arquivo Pessoal

“Sentimento de aflição por estar ali e medo ao mesmo tempo”, diz o controlador de acesso Alexandre Rodrigues Agrela Braga, de 22 anos, sobre os mais de 100 dias que ficou no hospital após sofrer um acidente de moto. Durante a internação, a esposa estava grávida. O morador de Praia Grande, portanto, teve alta no mesmo dia em que a mulher foi internada para dar a luz à primeira filha do casal. Porém, a luta ainda não acabou. Após quase um ano buscando tratamentos para não perder a perna, Alexandre terá que amputar o membro.


Desta forma, a família pede ajuda para a compra de uma prótese. “Foram dias difíceis, mas acreditamos que tudo voltará ao normal com um processo de reabilitação”, relata a esposa, Lucimara Carolina da Conceição Moraes, de 25 anos.


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A vida da jovem família mudou no dia 29 de maio de 2020, quando Alexandre saiu para almoçar de moto. “Eu estava grávida de seis meses, estávamos muito felizes. Tínhamos acabado de comprar nossos móveis para casa nova, tudo muito perfeito”, ressalta a esposa. Segundo ela, no dia do acidente, Lucimara sentiu: “Fiquei na rua aguardando por ele. Mesmo sabendo que ele não ia vim, liguei e ele já estava na ambulância”.


No dia, o controlador de acesso estava na pista direita da Via Expresso Sul, quando um veículo que estava na esquerda entrou na faixa do motociclista sem dar seta. “O Alexandre até tentou desviar, mas sem sucesso. Foi uma batida na traseira do carro”, explica Lucimara.


Apesar do susto, o jovem não pensou que o acidente iria transformar sua vida de forma tão radical. “No momento eu achei que seria uma coisa rápida e que daqui alguns dias eu já estaria em casa. Mas depois que eu vi a gravidade do acidente comecei a me preocupar, pois minha esposa estava grávida e eu queria participar da gravidez dela”, enfatiza Alexandre.


Segundo a família, o condutor do veículo chegou a parar, mas não para socorrer o jovem. “Ele estava preocupado com o farol dele que havia quebrado no momento da batida. Ia para o mecânico ver o orçamento. Nisso o Alexandre estava no chão, com a perna direita toda quebrada”, ressalta a esposa.


Socorro e tratamento


O controlador de acesso recebeu ajuda de um casal que estava em outra motocicleta e viu todo o acidente. De acordo com Lucimara, essas pessoas colocaram a moto na frente de Alexandre para que outros carros não atingissem o jovem. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Irmã Dulce. “De imediato fez uma ponte de safena porque o pé já não estava mais recebendo sangue. Depois colocou uma haste no fêmur e um fixador externo na tíbia e fíbula”, relata Lucimara.


Para Alexandre, uma das coisas mais difíceis foi acompanhar a gravidez da esposa enquanto esteve internado. “Eu sempre gostei de acompanhar os ultrassons e dali em diante, eu só consegui acompanhar de dentro do hospital. Aquilo foi me deixando triste, em saber que minha filha poderia nascer e eu ainda estaria ali”, relata. Além disso, o jovem também tinha receio das cirurgias: “Toda vez eu tinha medo de acontecer algo”.


    Lucimara estava grávida quando Alexandre sofreu o acidente. Hoje, a filha do casal tem oito meses.
Lucimara estava grávida quando Alexandre sofreu o acidente. Hoje, a filha do casal tem oito meses.   Foto: Arquivo Pessoal

“Só eu sei o que passei ali dentro daquele hospital. Era época de pandemia e minha esposa com maior barriga tendo que ir me visitar, colocando em risco a vida dela e a da minha filha”, ressalta Alexandre.


Durante os mais de 100 dias internado, o jovem pegou uma bactéria na perna. “A bactéria foi comendo a canela toda e foram feitos diversos desbridamentos, retirando tecidos de pele necrosada. Nisso chegou no osso e necrosou também, tendo que tirar uma boa parte. Sem ter o que fazer , solucionaram a amputação”, diz a esposa do controlador de acesso.


Porém, o jovem de 22 anos não aceitou o diagnóstico e buscou outras opções de tratamento. Segundo Lucimara, o médico que tratava Alexandre recomendou uma equipe de São Paulo que trabalha somente com gaiola. Então, ele foi ao Hospital de Guarujá para colocar o equipamento com objetivo de fazer os ossos crescerem. “Foram seis meses de tratamento, mas não deu certo. Infelizmente terá que amputar a perna direita”, destaca.


A amputação está marcada para o dia 16 de junho em Guarujá. “O hospital está sem anestesia, só está fazendo cirurgia de urgência”, explica Lucimara. Antes da operação, portanto, a família tem como objetivo conseguir uma prótese para que Alexandre volte a andar. Por isso, o casal fez uma vaquinha virtual.


“Ficamos com muito medo de ele perder a vida. Meu sentimento foi de muita aflição para que ele voltasse logo pra casa. Ele voltou, mas sem poder andar”, finaliza Lucimara. Hoje a filha do casal possui oito meses e a família enxerga a prótese como melhor chance de recuperação. Para ajudar, basta entrar em contato com Lucimara pelo telefone (13) 99778-5831.


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