Prefeita de Praia Grande diz ter realizado 30% das metas de governo no 1º ano de mandato

Raquel Chini (PSDB) fez um balanço dos primeiros 12 meses no comando da Prefeitura

Por: Sandro Thadeu  -  26/12/21  -  06:42
Ela comemora o fato de ter cumprido 30% das metas do plano de governo apresentado aos eleitores em 2020
Ela comemora o fato de ter cumprido 30% das metas do plano de governo apresentado aos eleitores em 2020   Foto: Carlos Nogueira/AT

A prefeita de Praia Grande, Raquel Chini (PSDB), afirmou que conseguiu concretizar mais de 30% do plano de governo apresentado aos eleitores durante a campanha eleitoral do ano passado. Ela explicou que o pronto-socorro do Hospital Irmã Dulce será transferido para um imóvel na Guilhermina e que está fazendo uma gestão ouvindo as sugestões da população. Confira os principais trechos da entrevista.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


Qual o balanço que a senhora faz neste primeiro ano de gestão?


Apesar dos vários problemas provocados em razão da pandemia, a gente conseguiu levar os nossos projetos adiante. Nossa gestão já conseguiu cumprir mais de 30% do nosso plano de governo. Acredito que conseguimos passar por esse período de turbulência com sucesso, apesar das perdas de vidas que todos nós tivemos por causa da covid-19, nós conseguimos abrir novas vagas para internação na hora certa. Acho que a gente teve sucesso e temos de agradecer o apoio da população.


No final do ano passado, a senhora disse em entrevista a resistência de alguns setores do funcionalismo, citou que a eleição já tinha passado e que era preciso pensar no futuro de Praia Grande. Como isso transcorreu ao longo do ano?


O ano foi muito tranquilo nesse sentido. Mesmo aquelas pessoas que não tinham tanto acesso ou não eram próximas a mim se aproximaram. Eu abri as portas do meu gabinete e as minhas redes sociais para dialogar. No gabinete, conversei com vários segmentos do funcionalismo e ouvi os motivos da insatisfação da categoria. Foi possível esclarecer uma série de situações que foram distorcidas. Estamos encerrando o ano com muita harmonia. Com o servidor público do nosso lado, construindo junto as soluções para as demandas.


A senhora planeja abrir um novo concurso público no próximo ano?


Já abrimos concursos para contratar professores, guardas civis municipais e para outras funções. No próximo ano, vamos recompor o nosso quadro, porque alguns servidores faleceram e muitos se aposentaram. Além disso, vamos abrir novas unidades de ensino e precisamos compor as equipes desses locais. Fizemos a reforma de duas escolas e vamos entregar mais uma agora, de Educação Infantil, em janeiro. Temos uma série de reformas em andamento.


No ano passado, uma de suas ideias era ampliar o número de leitos do Hospital Irmã Dulce e criar ali um Centro de Hemodinâmica. Como está o andamento desses projetos?


Estamos terminando a reforma do hospital e vamos mudar a unidade de pronto atendimento para um novo endereço no bairro da Guilhermina. Vamos fechar a porta do hospital. Nesse novo local, que será uma espécie de unidade de pronto atendimento (UPA), vamos conseguir dar um atendimento melhor e acomodações mais adequadas aos pacientes. A ideia é entregá-la em janeiro ou fevereiro. Faremos um aditivo no contrato com a SPDM para viabilizar a gestão do espaço. Durante a pandemia de covid-19, compramos 40 leitos, mas implementamos 30. Esses equipamentos são nossos. Passando essa pandemia, vamos melhorar a infraestrutura do Irmã Dulce. Pretendemos voltar a conversar com o Governo do Estado no próximo ano para viabilizar esse Centro de Hemodinâmica, que é uma necessidade muito grande da Cidade. Vamos tirar toda a nossa espera dos nossos munícipes que possuem problemas cardíacos e que precisamos enviar para Santos. Por esse motivo, o ex-prefeito Alberto Mourão idealizou esse projeto, devido ao grande número de cidadãos na fila de espera. Vamos ver se a gente consegue implantar até o meio do ano.


Para o próximo ano, quais são os projetos programados para o setor habitacional?


Na verdade, o maior cuidado que tivemos neste ano foi com o cadastro habitacional, que está cada vez mais depurado em razão da parceria com os governos do Estado e Federal. A gente está conseguindo resgatar unidades que não deveriam estar nas mãos de pessoas que não precisam. São pessoas que entraram no cadastro indevidamente e a gente não tinha como cruzar as informações por meio do CPF. Estamos resgatando as unidades e entregando para as famílias que estão na fila de cadastro habitacional. Além disso, fizemos uma nova mudança na lei da Chave dos Sonhos, que prevê a concessão de benefícios à iniciativa privada para construir novas moradias. Temos mais de 2 mil unidades em andamento em parceria com a iniciativa privada e estamos trabalhando bastante na regularização fundiária. O nosso plano de governo previa a regularização de 3 mil unidades, mas acredito que vamos chegar a 6 mil em parceria com o Governo do Estado. Fizemos neste mês o lançamento da Lei Casa Legal, que é a regularização da construção de imóveis em terrenos de regularização fundiária. Isso dará mais dignidade e segurança às famílias.


Como estão as tratativas com o Governo do Estado para viabilizar a instalação das três unidades do restaurante Bom Prato no Município?


É uma dificuldade, mas a gente já conseguiu a primeira unidade, que será no Ocian. Esse prédio já está sendo reformado e acredito que no começo do ano a gente já consiga fazer essa entrega com o Governo do Estado. A expectativa é que ele esteja implantado até o final do primeiro semestre do próximo ano. A dificuldade é de encaixar a planta do restaurante, que tem uma série de detalhes, em um imóvel com as características exigidas e em um local de grande fluxo de pessoas. Estamos buscando uma área para a instalar um Bom Prato na região do Trevo e outra na região da Vila Sônia, Caieiras.


Quais iniciativas a Prefeitura vem realizando para incentivar a geração de novos postos de trabalho? Qual a importância do Complexo Andaraguá nesse sentido?


O Complexo Andaraguá é uma caminhada de quase 20 anos. Esse grupo quase desistiu do projeto, mas já está retomando as obras, que vão gerar 17 mil empregos e qualificar o setor. Esse empreendimento vai mudar a vocação da Praia Grande e de toda a Baixada Santista, abrindo um leque de oportunidades. Estamos trabalhando muito com o Sebrae, ofertando cursos de qualificação. Buscamos parcerias para a capacitação das pessoas para várias funções. Toda a infraestrutura e a facilidade de acesso da Cidade ajudam a atrair novas empresas. Temos grandes empreendedores que vieram para cá, como o Igesp, a Casa de Saúde, o shopping do Grupo Mendes, que vai gerar mais de 5 mil empregos. Isso sem falar na construção civil, que se fortalece a cada dia.


Como está o andamento para viabilizar as obras de duplicação do viaduto da Curva do S?


O nosso desejo era de triplicar o viaduto da Curva do S, porque as obras demoram muito para sair do papel. Por exemplo: o viaduto da entrada da Cidade estava no plano do Governo do Estado no final da década de 1990, quando o prefeito era o Ricardo Yamauti, e a previsão era executar isso em 2011. No final das contas, o ex-prefeito Mourão fez a obra com recursos do Município. A Prefeitura fez toda a Via Expressa, as marginais e os viadutos. Neste ano, o Mourão nos ajudou politicamente nessa demanda para que essa obra de duplicação comece a sair do papel. Vamos conseguir essa obra tão sonhada.


Como foi esse trabalho em conjunto com os prefeitos para buscar soluções para os problemas regionais? Houve, de fato, essa integração neste primeiro ano de sua gestão?


Não, não houve. Teve uma coisa que me chateou bastante, até por ter ficado pouco mais de um ano na Agem (Agência Metropolitana da Baixada Santista), e eu vi a necessidade de a gente estruturar uma governança metropolitana. O Governo do Estado não permite que a Agem tenha o poder que deveria ter. A decisão dos nove prefeitos deveria ser soberana. Juntos, a gente conseguiria ter mais força nas ações necessárias para enfrentar os problemas metropolitanos. Por ser o primeiro ano de gestão de alguns e por causa da pandemia, acho que todos ficaram focados nos seus municípios e na questão da covid-19. Acho que a gente pode avançar bastante no próximo ano e tem que dar as mãos para resolver os problemas que são comuns a todos nós. Acho que nos últimos anos faltou esse olhar metropolitano não só dos prefeitos, mas principalmente do Governo do Estado. A política, às vezes, impede isso e faz com que as ações estejam voltadas para aqueles que politicamente estão mais próximos.


Logo A Tribuna
Newsletter