Policiais militares salvam recém-nascida engasgada em Praia Grande: 'Fora de série'

Episódio aconteceu na madrugada desta sexta-feira (23). 'Manobra de Heimlich' foi usada para desengasgar criança

Por: João Amaro & De A Tribuna On-line &  -  23/11/18  -  16:52
  Foto: Reprodução/Facebook

Uma recém-nascida sobreviveu após ser socorrida por policiais militares depois de se engasgar, em Praia Grande. Lorena, que tem pouco mais de 1 mês de vida, foi salva quilômetros antes de chegar ao pronto-socorro graças à prática conhecida como ‘manobra de Heimlich’.


O desespero dos pais da menina começou na madrugada desta sexta-feira (23). Segundo o pai da criança, Marcelo Cruz, de 43 anos, tudo aconteceu pouco depois de meia-noite, quando já estavam se preparando para dormir.


“Minha esposa a amamentou, colocou para arrotar e, depois, ela foi dormir. Quando estávamos deitados ouvimos ela resmungar. Quando vi no berço, ela já estava espumando o leite”, conta.


Desesperado, Cruz conta que ainda tentou desengasgar Lorena. Notando que a filha estava com dificuldades para respirar, vestiu a primeira peça de roupa que viu pela frente e, junto com a esposa, partiu em direção ao Pronto-Socorro Central da Cidade.


No caminho, em alta velocidade, acabaram sendo abordados por equipes da Polícia Militar que seguiam para uma ocorrência no Terminal Tude Bastos e estranharam a velocidade do veículo, que seguia pela Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas.


Cabo Diogo Passos e Cabo Pereira, com Marcelo Cruz, pai de Lorena, após salvamento
Cabo Diogo Passos e Cabo Pereira, com Marcelo Cruz, pai de Lorena, após salvamento   Foto: Foro: Reprodução/Facebook

“Paramos e já avisei a um dos policiais o que havia acontecido”, conta o pai de Lorena. Um dos policiais, então, pegou a bebê, que já estava desacordada, no colo da mãe, e iniciou a ‘manobra de Heimlich’. A técnica consiste na desobstrução das vias aéreas pela indução de uma tosse artificial para expelir qualquer obstáculo que esteja na traqueia da vítima.


Segundo o cabo da PM Diogo Passos, que participou da ocorrência, a ação foi rápida. "O cabo Pereira, que estava comigo, começou a fazer a manobra. Contribuí um pouco também, mas ele seguiu com a manobra até que ela chorasse", explica.


Lorena reagiu ao estímulo e, em seguida, a família seguiu para o pronto-socorro. “Quando chegamos lá, minha filha ainda estava sufocada. Mas uma equipe de enfermeiros colocou uma sonda e logo ela melhorou”, conta o pai da menina.


A criança passou por exames e procedimentos de praxe durante a madrugada, até ter a respiração normalizada e receber alta. Passado o susto, o sentimento de Marcelo acabou se transformando em um misto de alívio e gratidão.


“É surreal. Você não imagina que acontecerá contigo e, na hora, não consegue aplicar aquilo que aprende. Os policiais são fora de série. Se preocupam mais do que você que está ali no momento”, recorda. Já para o policial, ajudar a vida da pequena foi gratificante.


"Foi uma honra ajudarmos através dos ensinamentos que a Polícia Militar nos proporciona. Ainda que por um procedimento desagradável, conhecemos uma família digna, do bem, com uma criança linda. Para nós, são novos amigos que a profissão coloca no caminho", finaliza.


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