Morador de Praia Grande tenta encontrar irmã com foto de 35 anos atrás: 'Única pista'

Natalício Firmino passou mais da metade da vida em busca da familiar e segue com esperança

Por: Ágata Luz  -  23/10/21  -  11:17
 Com foto de 35 anos como 'última pista', morador de Praia Grande tenta encontrar irmã
Com foto de 35 anos como 'última pista', morador de Praia Grande tenta encontrar irmã   Foto: Arquivo Pessoal

Um único encontro com a irmã, ainda quando era criança, motiva Natalício de Almeida Soares Firmino a tentar reencontrá-la por mais da metade de sua vida. Com 45 anos, o morador de Praia Grande busca pela irmã por parte de pai desde os 10 anos, quando a conheceu e ganhou a única pista que tem da menina: uma foto com dedicatória. “Nunca desisti de procurar”, relata o homem que viralizou com a história nas redes sociais.


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Em entrevista para A Tribuna, o servidor público explica que conheceu a irmã em 1985, na Paróquia Santo Antônio, no Boqueirão – que ele frequentava. “Foi um encontro bem rápido. A gente se cumprimentou ali discretamente, ela me entregou a foto e sentou-se no banco, mas foi embora muito rápido”, explica, dizendo que a menina foi levada à igreja pela mãe dela especialmente para conhecê-lo, logo após a morte do pai.


Na imagem entregue pela menina, havia uma dedicatória a Natalício – hoje, a única pista que ele possui. Na foto, a irmã estava na quadro do colégio onde estudava. "Dou do fundo do meu coração para o meu querido irmão”, dizia o recado, assinado por Célia Cris Martins Firmino em 13 de novembro de 1985.


 Irmã entregou à Natalício foto com dedicatória em único encontro que tiveram
Irmã entregou à Natalício foto com dedicatória em único encontro que tiveram   Foto: Arquivo Pessoal

Curiosidade

Segundo ele, a irmã é cerca de dois anos mais velha e, desde que a conheceu, ele quis saber mais sobre a menina. Porém, não teve informações ou contato, principalmente por ser uma criança. “Acredito que minha mãe se irritou um pouco com a presença delas na igreja”, explica, referindo-se ao encontro dos dois.


A mãe e pai de Natalício eram casados, mas não viviam juntos desde que o filho fez 3 anos. O servidor diz nada saber sobre o relacionamento do pai com a mãe de Célia. “Não tive mais contato porque eu era muito novo, não sabia onde ir ou como procurar”, destaca o homem que chegou a pedir ajuda da mãe, em vão. “Talvez ela tenha as razões dela”.


No entanto, Natalício nunca desistiu e, ao atingir a maioridade, voltou a questionar a família. “Minha mãe não sabia de mais nada. Foi quando eu reencontrei um irmão do meu pai que mora em São Vicente”, conta, relatando que o tio só tinha ouvido falar de um conhecido que Célia havia se mudado para Brasília.


Telefone e internet

Apesar da distância, o morador de Praia Grande seguiu procurando a irmã com as ferramentas que tinha à época. Entrou em contato com algumas linhas telefônicas da Capital Federal, pois não tinha acesso à internet, mas não obteve sucesso. Depois, apostou na internet e a procurou nas redes sociais, como Orkut e Facebook.


“Encontrei várias pessoas com o mesmo nome e sobrenome. Algumas disseram que não eram minha irmã e outras não me retornaram”. Além disso, o servidor se cadastrou em sites de pessoas desaparecidas.


Esperança

Porém, ele se surpreendeu com a repercussão de uma publicação que fez na última semana, em um grupo da Baixada Santista. No post, ele contou a história e recebeu muito apoio, voltando a ficar esperançoso.


“Eu não sei praticamente nada sobre minha irmã: profissão, onde ela mora, não sei se ela não tem condições de ter acesso à internet ou não tem rede social por opção. Há esperança de encontrá-la viva e a gente se conhecer para contar nossas histórias. Quero que ela saiba que nunca deixei de procurá-la, mas na época não consegui”.


Qualquer informação sobre o paradeiro de Célia pode ser compartilhada com Natalício pelo e-mail nataliciodealmeida5@gmail.com.


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