Praia Grande já pode estar novamente nos planos de Leandro Neves, de 46 anos, que está morando atualmente no Paraná, e, conforme mostrado em ATribuna.com.br nesta terça-feira (2), implorou pelo retorno à região. Sensibilizado pela história do eletricista, Reinaldo Lozano, Diretor Operacional da Credlar Construtora, decidiu ajudar: "Em minutos eu me sensibilizei com a história dele. Assim que li a matéria de A Tribuna. Pedi para uma funcionária entrar em contato para ver se ele era eletricista do nosso ramo. Ví o currículo e ele tem especificações que servem para nós. Contratamos na hora", disse Lozano.
O diretor diz que, mesmo sendo construtora, a empresa tem que estar atenta ao papel social. "Não é só ter visão de negócios, construir edifícios ou ter lucros, temos que dar contribuição à sociedade. Eu nem estava, na verdade, contratando, mas a história me tocou e vi que poderíamos ajudar", explicou. "O papel social de A Tribuna também foi muito importante, foi através de vocês que ele conseguiu a vaga, mas é ele quem vai manter essa vaga no dia a dia, e ele já tem o apoio da Credlar para isso", disse Lozano.
Em relação à Adriana, que é auxiliar de enfermagem, o diretor disse que, infelizmente, não consegue integrar a esposa à sua equipe. "Não temos nada associado à enfermagem, mas ao menos ele conseguimos ajudar. Ele está no Paraná e vem para Praia Grande no próximo final de semana. Na segunda-feira (8), ele virá à empresa para conversar conosco. Fará os exames de admissão e todo o processo, mas já está empregado", confirmou Lozano.
Aniversário
Leandro, por sua vez, não vê a hora de iniciar o novo trabalho. "Quando encontrar pessoalmente o senhor Reinaldo, eu não poderei abraçar, por causa da pandemia, mas vou agradecê-lo demais por ter me ajudado", disse ele. "Faço aniversário no próximo dia 24, e esse foi o melhor presente da vida", completou.
Ele está tentando retornar a Praia Grande desde junho de 2020 e disse que tentou muito, mas está muito difícil para ele e a família no Paraná. "As pessoas são naturalmente mais fechadas aqui, e com a quarentena, elas se fecharam ainda mais. Tive muita dificuldade, e não foi por falta de tentar", disse.
O casal decidiu se mudar para o Paraná logo após a morte trágica de uma filha, na época com 18 anos, que sofreu um grave acidente de carro. A ideia inicial era ficar longe da cidade para tentar superar o trauma e recomeçar a vida.
"Parece que é sonho, nem acredito, vou poder retomar coisas simples, como manter minha casa, morar perto do restante da família, e ter uma perspectiva de vida. Com isso vejo que ainda podemos acreditar na humanidade, é a prova de que no mundo, apesar de tudo, ainda existem pessoas boas", finalizou Leandro.