Quando o tatuador Michel Faro do Prado, o Diabão, conhecido por suas tatuagens e alterações corporais, foi lançado candidato a vereador pelo PTB em Praia Grande, uma voz se ouviu para que fosse expulso da sigla: a do ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente de honra do partido. Para ele, Diabão era figura “atentatória à nossa formação moral cristã”.
Na época, Michel conversou com A Tribuna. "Ele deixa bem claro que o motivo real da minha expulsão é simplesmente puro preconceito. Se eu não pudesse fazer parte do perfil do PTB, teria sido vetado de entrar no partido muito antes das eleições”, disse na ocasião, afirmando que ficou indignado com as falas do ex-deputado.
Isso ocorreu em 2020 e resultou na dissolução do diretório do PTB na Cidade, então presidido pelo vereador Carlos Eduardo Barbosa, o Cadu Barbosa. Diabão reverteu a expulsão. Não foi eleito: 352 votos.
Com a prisão de Jefferson, que xingou a ministra do STF Cármen Lúcia e, no domingo, atirou em policiais federais, Barbosa quer que o ex-deputado seja expulso. “Esse cidadão não pode ser filiado ao PTB, muito menos, presidente de honra (que honra?)”, escreveu, no Instagram. O presidente nacional é Marcus Ferreira, o Neskau — ex-genro de Roberto Jefferson.