Homem agredido por personal é ex-morador do litoral de SP; conheça a história de 'Cabelinho'

A Tribuna conversou com 'colegas' e moradores para saber mais sobre Givaldo Alves de Souza que ganhou destaque no País

Por: Thiago D'Almeida  -  25/03/22  -  07:25
A Tribuna conversou com 'colegas' e moradores para saber mais sobre Givaldo Alves de Souza
A Tribuna conversou com 'colegas' e moradores para saber mais sobre Givaldo Alves de Souza   Foto: Reprodução/Facebook

Ex-morador de Peruíbe, Givaldo Alves de Souza, de 48 anos, ficou famoso no Brasil após ser agredido por um personal trainer, que o flagrou tendo relações sexuais com a sua esposa. Na cidade do Litoral Sul, como não poderia ser diferente, todos que foram abordados pela Reportagem afirmaram conhecer a recente história do morador em situação de rua. Alguns, inclusive, lembram de tê-lo visto no município.


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Foi o próprio Givaldo quem trouxe à tona a passagem por Peruíbe, em entrevista concedida ao jornal “Metrópoles” e publicada nesta quinta-feira (24). Ao periódico ele informou ter morado com uma mulher na cidade, mas que o relacionamento não teve sucesso porque ele queria cair na "gandaia".


A Tribuna foi a Peruíbe e encontrou pessoas que afirmam ter tido contato com Givaldo. “Já o vi por aqui. Ele vivia em frente ao mercado [da rede] Extra. Sempre que passei por ali, conversamos. O apelido dele era ‘Cabelinho’”, afirma o ‘flanelinha’ Daniel Luis da Silva, de 49 anos, que também já esteve em situação de rua.


Na rodoviária do Município, o proprietário de uma lanchonete, que não quis se identificar, também confirmou que Givaldo costumava passear pelo local.


'Flanelinha' Daniel Luis da Silva diz que se recorda de Givaldo e cita até apelido
'Flanelinha' Daniel Luis da Silva diz que se recorda de Givaldo e cita até apelido   Foto: Thiago D'Almeida/AT

A Reportagem ainda mostrou uma foto do indivíduo a um grupo de três moradores em situação de rua que estavam sentados em frente ao terminal rodoviário, que também não quiseram se identificar, mas prontamente confirmaram o contato com o homem em Peruíbe há alguns anos.


Opiniões sobre o caso

Ainda segundo o flanelinha Daniel Luis da Silva, a atitude do personal trainer foi uma “covardia” contra Givaldo. “Ele não tem culpa. É muito verdadeiro”.


Mesmo quem não teve contato com o homem quis opinar sobre o ocorrido. A recepcionista de um estacionamento localizado no Centro da cidade, Carla Moreira, de 26 anos, afirma que não acredita que o indivíduo tenha culpa na história.


“Ela que o chamou para dentro do carro. Pelo o que eu vi nas reportagens, a maior parcela de culpa é dela. O errado é o marido, que bateu nele sem sequer saber o que estava acontecendo”, diz.


Carla acrescenta que a declaração de Givaldo sobre o período em que morou em Peruíbe se popularizou entre os munícipes. “Quando cheguei no trabalho, comentei com a minha irmã e ela disse que já o avistou algumas vezes, mas faz algum tempo. Tenho muitos amigos que estão compartilhando vídeos e fotos que [mostram que] ele é realmente daqui”.


Carla e Altamir, ambos moradores de Peruíbe, não acreditam em culpa de Givaldo no caso
Carla e Altamir, ambos moradores de Peruíbe, não acreditam em culpa de Givaldo no caso   Foto: Thiago D'Almeida/AT

O colega de Carla, Altamir Silvério Costa, de 70 anos, que também trabalha no estacionamento, compartilha da mesma opinião. “Ele não entraria no carro se ela não o convidasse”.


O que diz a Prefeitura

A Tribuna pesquisou pelo nome completo de Givaldo nos registros oficiais da Administração Municipal e, em um dos documentos, e encontrou um homem de mesmo nome e idade que, em 2017, realizou um processo seletivo para agente de combate a endemias.


Com o nome completo e o número do CPF desse homem – que ainda não foi confirmado como o envolvido no caso -, a Reportagem entrou em contato com a Prefeitura em busca de mais detalhes.


Em nota, o Município informa que a Secretaria Municipal de Saúde tem registros de atendimento de Givaldo Alves de Souza até o ano de 2018. Já nos programas disponíveis na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, não há registro do cidadão mencionado.


O Departamento Municipal de Recursos Humanos, por sua vez, acrescenta: como candidato do citado processo seletivo, ele não chegou a ser convocado.


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