Vereadores rejeitam três pedidos de impeachment do prefeito de Guarujá
Apenas quatro vereadores votaram a favor do afastamento do prefeito Válter Suman (PSDB), acusado de lavagem de dinheiro
Atualizado em 13/12/23 - 23:02
Os vereadores de Guarujá negaram, durante votação na noite desta terça-feira (5), dois pedidos de impeachment e uma denúncia contra o prefeito Válter Suman (PSDB). O gestor municipal é acusado de lavagem de dinheiro na Operação Nácar, da Polícia Federal, realizada nos anos de 2021 e 2022.
Os pedidos de crime de responsabilidade e quebra de decoro foram votados logo no início da sessão, após o 1º Secretário, vereador Raphael Vitiello (PSD), citar todas as provas coletadas pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Nácar.
Entre elas, foram relembradas as ações de busca e apreensão em imóveis e prédios públicos, como a Prefeitura de Guarujá, onde foram encontrados R$ 42 mil dentro de caixas de máscaras no gabinete do prefeito. A polícia também apreendeu documentos com empresas investigadas, identificou desvios de verbas públicas na Saúde e a entrega de vantagens indevidas associadas a organizações sem fins lucrativos. No total, o montante apreendido pela Polícia Federal foi de R$ 1.727 milhão em espécie.
Entretanto, logo após o resgate do histórico que levou, inclusive, à prisão de Válter Suman, os pedidos de impeachment foram rejeitados em votação.
No primeiro pedido apenas quatro, dos 12 vereadores que estavam presentes, votaram a favor. Já na votação do segundo pedido de impeachment, o número de vereadores que votou contra aumentou para 9, com a chegada de Santiago dos Santos Ângelo (PP). Em seguida, uma terceira denúncia contra o prefeito Válter Suman também entrou em votação, mas foi novamente rejeitada por 9 a 4.
Votaram a favor dos três pedidos de cassação do prefeito os vereadores Anderson Figueira (Pode), Antonio Fidalgo Salgado Neto, o Toninho Salgado (PSD), Raphael Vitiello (PSD) e Wagner dos Santos Venuto, o Waguinho Fé em Deus (União).
Após a conclusão das votações, o presidente da Câmara, Edmar Lima dos Santos (PP), o Juninho Eroso, decretou que as decisões fossem encaminhadas para a Comissão de Fiscalização e Controle.
