O prefeito afastado de Guarujá Válter Suman (PSDB) apresentou sua defesa nacomissão processante que analisa o pedido de impeachment contra ele. Agora, a Comissão deverá elaborar um relatório para definir se aceita ou não a denúncia.
A Câmara Municipal de Guarujá informou nesta segunda-feira (9) que prefeito afastado apresentou sua defesa dentro do prazo legal.
De acordo com a Câmara, a comissão terá cinco dias para fazer um relatório dando prosseguimento ou não a denúncia. A comissão processante é composta pelos vereadores Fernando Peitola (MDB), que é o presidente, Juninho Eroso (PP) e Sirana Bosokonian (PTB).
Caso não haja prosseguimento, a denúncia será levada a plenário para votação dos vereadores. Se a denúncia for aceita, já passa a valer o prazo de 90 dias, onde serão feitas oitivas de Suman, testemunha e do denunciante.
O pedido de impeachment foi protocolado pelo engenheiro e advogado José Manoel Ferreira Gonçalves e teve como base a decisão da Justiça Federal que suspendeu o chefe do Executivo do cargo.
Afastado do cargo
Válter Suman deixou o cargo na Prefeitura de Guarujá em 29 de março, mesma data em que foi deflagrada a segunda fase da Operação Nácar-19, da Polícia Federal.
Essa investigação conjunta da Polícia Federal, da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) apura possíveis crimes de desvio de recursos públicos por um grupo criminoso mediante a contratação de empresas e organizações sociais para atuação nas áreas de Educação e Saúde do Município.
Em setembro do ano passado, Suman foi preso durante a primeira fase da Operação Nácar-19. Na ocasião, o então secretário municipal de Educação, Marcelo Nicolau, também foi detido. Eles ficaram presos por três dias.
No início do mês, em cumprimento de uma medida cautelar da Justiça, Suman e a ex-primeira-dama, Edna Suman, estiveram na sede da Justiça Federal, em Santos, onde ambos colocaram tornozeleira eletrônica.