Justiça exonera secretário de Educação de Guarujá, investigado em operação policial
Marcelo Feliciano Nicolau e o prefeito Válter Suman ficaram três dias presos no mês de setembro
A Justiça Federal acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e exonerou o secretário de Educação de Guarujá, Marcelo Feliciano Nicolau. A solicitação do MPF foi acatada na última sexta-feira (22).
A decisão acontece em função das consequências da Operação Nácar-19, onde Nicolau foi preso juntamente com o prefeito Valter Suman. Os dois ficaram detidos na Penitenciária I, em São Vicente, por três dias, de 15 a 18 de setembro, e só foram soltos após a Justiça Federal conceder liberdade provisória.
Segundo documento, assinado pelo desembargador federal Nino Toldo, o afastamento cautelar de Marcelo Nicolau se deve ao fato dele não poder se comunicar com outras pessoas envolvidas na investigação da operação. Uma delas é o prefeito, com quem o secretário teria de ter contato direto por conta do trabalho na prefeitura.
A autoridade ainda ressalta a não necessidade de medida complementar para a monitoração dos investigados, como a eletrônica. Contudo, isso poderá ser revisto futuramente.
Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que ainda não foi notificada da decisão. A administração reafirmou que Nicolau não se encontra no exercício de suas funções, em razão de afastamento por motivos de saúde, conforme atestado médico apresentado no setor de medicina do trabalho.
Investigação
Marcelo Nicolau foi preso após não conseguir comprovar uma grande quantia de dinheiro encontrada em sua casa durante buscas relacionadas a Operação Nácar-19. A Polícia Federal segue apurando os crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro na rede pública de saúde.
