Justiça concede liberdade para prefeito de Guarujá, mas o proíbe de deixar o País

Válter Suman deve entregar o passaporte em até 24h após o cumprimento do alvará de soltura

Por: Daniel Gois e Sandro Thadeu  -  18/09/21  -  10:28
Atualizado em 18/09/21 - 15:17
 Prefeito de Guarujá, Válter Suman recebe liberdade após Justiça considerar prisão
Prefeito de Guarujá, Válter Suman recebe liberdade após Justiça considerar prisão   Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá

O prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), e o secretário municipal de Educação, Marcelo Nicolau, receberam alvará de soltura por parte da Justiça nesta sexta-feira (17) e poderão retornar aos cargos. A decisão foi concedida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), após ambos serem presos pela Polícia Federal por suspeita de participação em um esquema de desvios de dinheiro na saúde.


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Com isso, Suman e Nicolau devem deixar a Penitenciária I de São Vicente. Eles estão presos desde quarta-feira (15), após indícios de crimes de ocultação de valores e lavagem de dinheiro.


A decisão, assinada pelo desembargador federal Mauricio Yukikazu Kato, restabelece a liberdade aos dois, considerando que "a privação da liberdade de locomoção dos investigados mostra-se excessiva". Com a soltura, Válter Suman poderá permanecer com suas atividades à frente da Prefeitura de Guarujá.


"Deixo de aplicar a suspensão do exercício do cargo de prefeito municipal de Guarujá, medida que interromperia o curso dos poderes que foram outorgados ao prefeito pela população", destaca trecho da decisão do TRF-3.


O Tribunal Federal também aponta que a prisão do prefeito de Guarujá "poderia implicar risco de grave lesão à ordem pública e ao pleno exercício da democracia, impedindo o exercício de cargo ao qual Válter Suman foi legitimamente eleito”.


Medidas cautelares


Na decisão, foram fixadas medidas cautelares enquanto Válter Suman estiver em liberdade.


Entre elas, estão a proibição de contato entre os investigados, comparecimento em juízo a cada dois meses para informar e justificar suas atividades, comparecimento a todos os atos para os quais forem convocados no curso das investigações, proibição de deixar o Estado de São Paulo por mais de cinco dias sem autorização da Justiça e proibição de sair do País, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas, a partir do cumprimento do alvará de soltura.


Por meio de nota, a prefeitura de Guarujá informou sobre a decisão e disse que Válter Suman permanece com suas atividades como prefeito da cidade.


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