Guarujá busca alternativas para ampliação do volume de captação de recursos hídricos

Prefeitura tem dois estudos em andamento sobre o tema

Por: ATribuna.com.br  -  30/07/21  -  17:09
 Os trabalhos visam analisar a viabilidade de contar com nascentes e efluentes de rios que banham a cidade, além do aproveitamento de água de rebaixamento do nível freático, sob edifícios
Os trabalhos visam analisar a viabilidade de contar com nascentes e efluentes de rios que banham a cidade, além do aproveitamento de água de rebaixamento do nível freático, sob edifícios   Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá

A prefeitura de Guarujá realiza dois estudos, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para encontrar alternativas para ampliar a captação de recursos hídricos à população. Os trabalhos visam analisar a viabilidade de contar com nascentes e efluentes de rios que banham a cidade, além do aproveitamento de água de rebaixamento do nível freático, sob edifícios.


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Os estudos, que devem apresentar resultados preliminares em seis meses, considerarão, também, a possibilidade de criar unidades de reservação de água próximas dos locais de captação. O intuito é adicionar uma alternativa em relação ao fornecimento tradicional, aos cuidados da Sabesp. Em especial nos períodos de estiagem, quando há uma redução natural na vazão do Sistema Jurubatuba, composto pelos rios Jurubatuba e Jurubatuba Mirim.


“As duas alternativas são ideias concebidas no Plano Municipal de Recursos Hídricos”, destaca o secretário de Meio Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha. “Com os estudos concluídos e viabilidades atestadas, partiríamos para a operacionalização dos métodos de captação, a serem realizada por meio de micro outorgas de uso”, complementa.


Estudos


O estudo para identificar a possibilidade de aproveitar nascentes e efluentes da Cidade consistirá primeiro em verificar quais delas são permanentes e as sazonais. Em seguida, o estudo focará na análise da qualidade da água, nas melhores práticas de captação, tecnologia necessária para o tratamento e reservação. Em paralelo, também serão propostas soluções de saneamento básico para os locais que ainda não o possuem.


Já o estudo para reúso das águas do rebaixamento do nível freático em edificações (aquelas que são drenadas e comumente vistas em canteiros de obras de grandes edifícios) passará pela análise da qualidade da água, estrutura necessária para tratamento e reservação, além de identificar a real usabilidade do recurso de forma potável.


Isso porque a localização de alguns edifícios, em especial os próximos à praia, podem ter seus rebaixamentos freáticos em contato com solo arenoso e água salgada. Com isso, a tecnologia para torná-la potável é um pouco diferente da tradicional. Uma opção considerada é o reaproveitamento pelos próprios prédios, para lavagem de calçadas e estruturas internas, por exemplo.


Cava da pedreira


Apontada como solução definitiva para o pleno abastecimento de água em Guarujá, o reservatório da chamada cava da pedreira já teve seu edital de licitação lançado pelo Governo do Estado em maio.


A viabilização do mega reservatório foi alvo de constantes cobranças do Município à Sabesp, como forma de mitigar os episódios de desabastecimento de água nos períodos de estiagem ou de alto consumo, como na temporada de verão.


De acordo com a empresa, os períodos de estiagem afetam diretamente a vazão dos rios Jurubatuba e Jurubatuba Mirim, que fornecem água à cidade. O volume de captação deles chega a cair dos normais dois mil litros por segundo para menos da metade.


Depois de pronto, o mega reservatório será capaz de armazenar 3 bilhões de litros de água bruta, o que, por si só, garantiria o abastecimento de Guarujá por dois meses. Paralelamente, a Sabesp trabalha na construção de um outro reservatório, com capacidade para 10 milhões de litros de água, no bairro Morrinhos, em Guarujá.


“Há projetos de grande monta que oferecem alternativas a médio e longo prazo. Porém, o Município, de maneira proativa, busca soluções inteligentes para identificar fontes de captação capazes de suprir as necessidades de algumas localidades da Cidade, que por si só ajudariam a aliviar a sobrecarga do sistema de distribuição da Sabesp”, explica o prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB).


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