Grafiteiro de Guarujá homenageia vítimas de Suzano: 'A população inteira gostou'
Fachada da escola Raul Brasil recebeu pintura com rostos de vítimas do massacre
O artista plástico Francisco Kleison Oliveira Rocha Silva, de Guarujá, foi uma das pessoas que se comoveu com a história do massacre ocorrido em Suzano - no dia 13 de março, quando cinco alunos do Ensino Médio e duas funcionárias da escola Raul Brasil foram mortos por dois ex-alunos. Entre as outras vítimas estão o tio de um dos atiradores e os dois criminosos que cometeram suicídio. 11 pessoas ficaram feridas.
Especialista na pintura de murais, principalmente de escolas, o artista se ofereceu para prestar uma homenagem às vítimas, pintando um mural com o rosto de sete delas, que estavam dentro da escola no dia do massacre.
“Eu senti uma necessidade de fazer uma homenagem, mas quis fazer diferente das outras. Pensei em produzir uma homenagem maior, tive que pedir permissão para a escola, que também precisou pedir autorização para o Estado. Foi um trabalho totalmente gratuito, uma homenagem da nossa equipe”, conta o artista.
No total, foram cerca de sete horas de trabalho realizado na última segunda-feira (25), das 8h30 às 15h, segundo Francisco Kleison. Emocionado com o carinho e a recepção da população, ele diz que chegou a receber familiares e amigos das vítimas enquanto realizava o mural.
“A população inteira gostou, durante o trabalho o pessoal se emocionava, familiares foram até lá. O filho da Marilena foi lá e me elogiou, agradeceu, os parentes do Samuel também me chamaram pelas redes sociais. Foi muito bem aceito por eles”, revela.
Os alunos e funcionários que foram mortos na escola são:
Caio Oliveira, de 15 anos; Claiton Antônio Ribeiro, de 17 anos; Douglas Murilo Celestino, de 16 anos; Kaio Lucas da Costa Limeira, de 15 anos; Samuel Melquíades Silva de Oliveira, de 16 anos; Marilena Ferreira Vieira Umezo (coordenadora), de 59 anos; Eliana Regina de Oliveira Xavier, de 38 anos (inspetora)
Justiça investiga envolvimento de terceiro jovem na chacina
Na manhã desta terça-feira (26), o jovem de 17 anos suspeito de ajudar a planejar o massacre na Escola Raul Brasil, em Suzano, participa de uma audiência no fórum da cidade. O caso está em segredo de Justiça.
A investigação alega que ele foi mentor intelectual do crime. No entanto, a defesa afirma que ele apenas fantasiou o crime, mas não ajudou os assassinos a executá-lo.
