Por 11 votos a cinco, o pedido de cassação do mandato do prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), foi arquivado nesta quinta-feira (16).
A sessão foi aberta ao público, com 50% das galerias liberadas para os moradores. Os visitantes tiveram que respeitar todos os protocolos sanitários, sendo obrigatório o uso de máscara e distanciamento social. No início da sessão, houve uma pequena manifestação da população no plenário, tanto a favor do impeachment como contra.
Votaram a favor do pedido de impeachment os seguintes vereadores: Wagner dos Santos Venuto, o Waguinho (DEM); Raphael Vitiello (PSD); Anderson Figueira (PODE); Toninho Salgado (PSD); Carlos Eduardo Vargas da Silva (PTB).
Os 11 parlamentares que decidiram arquivar o pedido foram: os três membros da Comissão Processante, Sirana Bosonkian (PTB), Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB), que presidia a Comissão e Edmar Lima dos Santos, o Juninho Eroso (Progressistas); Ariani Paz (PT); Mário Lúcio (PSB); Santiago dos Santos Angelo (PP); José Francinaldo Ferreira de Vasconcelos, o Naldo Pereque (PSB); Aparecido dos Santos, o Aparecido Davi (Republicanos); Marcio Nabor Tardelli, o Márcio Pet Shop (PTB); Jailton Reis dos Santos, o Sorriso (PRTB); Walter dos Santos, o Nego Walter (PSB).
Histórico
Em 18 de outubro, a Comissão Processante decidiu dar prosseguimento ao processo contra Suman. Após analisar a defesa prévia do prefeito, entregue por escrito, a Comissão afirmou não ter encontrado elementos suficientes para arquivar o pedido de cassação.
A abertura da Comissão Processante foi aprovada em 21 de setembro, por unanimidade na Câmara, após o PDT protocolar na Casa, um dia antes, um pedido de impeachment de Suman. Dois pedidos de cassação do prefeito, feitos por um grupo de advogados e pelo partido Podemos, foram rejeitados pelos vereadores.
As solicitações tem como base denúncias contra o prefeito, investigado por supostamente comandar uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 109 milhões da saúde pública. Suman chegou a ser preso pela Polícia Federal (PF) em 15 de setembro e solto três dias depois por decisão da Justiça. Ele retornou ao cargo em 20 de setembro.
A prisão do prefeito aconteceu durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão pela Operação Nácar, da PF. As ações aconteceram na casa do prefeito e do secretário municipal de Educação, Marcelo Nicolau, que também foi preso na ocasião. Nos imóveis de ambos, foram encontradas grandes quantias em dinheiro.