Um boto-cinza (Sotalia guianensis) foi encontrado morto na faixa de areia da praia das Astúrias, em Guarujá, na noite de domingo (1°). Equipes do Instituto Gremar estiveram no local e constataram que o animal já estava em avançado estado de decomposição.
Inicialmente, o animal foi encontrado por munícipes que passeavam pela praia durante à noite. Nesta segunda-feira (1°), técnicos do Gremar estiveram no local após serem acionados através do Projeto de Monitoramento de Prias (PMP-BS).
No local, a equipe técnica constatou que o boto-cinza era um macho adulto, de 1,63 de comprimento e já estava em avançado estado de decomposição. De acordo com o Gremar, isso dificulta a identificação da causa da morte no exame de necropsia.
As equipes recolheram amostras do animal que serão analisadas no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, também em Guarujá.
De acordo com o gremar, este tipo de boto costuma ser encontrado no litoral brasileiro, especialmente em áreas abrigadas, como enseadas e baías, desde o Pará até Santa Catarina. As baías de Sepetiba e de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, são os locais de maior concentração da espécie no país.
"Sua expectativa de vida é em torno de 30 anos, porém seus hábitos costeiros costumam deixá-lo exposto a diversos impactos antrópicos (causados pelo homem), que tem afetado suas populações. Atualmente, o animal está classificado com o status de conservação “vulnerável” na lista da fauna brasileira de espécies ameaçadas de extinção", afirmou o Instituto.
Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos
Conduzido pelo Ibama, o projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O Gremar monitora o Trecho 9, compreendido entre São Vicente e Bertioga. Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800-642-3341 ou (13) 99711 4120.