Após passar três dias preso, Válter Suman reassume trabalhos na Prefeitura de Guarujá

Prefeito afirma que o dinheiro encontrado em seu apartamento tem origem legal e consta em sua declaração do IR

Por: Rosana Rife  -  20/09/21  -  11:05
Atualizado em 20/09/21 - 11:23
 Chefe do Executivo afirmou que o dinheiro encontrado pela Polícia Federal tem origem legal.
Chefe do Executivo afirmou que o dinheiro encontrado pela Polícia Federal tem origem legal.   Foto: Alexsander Ferraz/AT

O prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), chegou às 9h55 no Paço Moacir dos Santos Filho para reassumir o cargo e convocou uma reunião com todo o secretariado. Ele estava acompanhado do advogado Edson Asarias e falou durante cinco minutos com a imprensa. O chefe do Executivo afirmou que o dinheiro encontrado pela Polícia Federal, durante a Operação Nácar, deflagrada na última quarta-feira (15), sendo R$ 70 mil na residência dele em Guarujá, R$ 300 mil no apartamento em Santos e R$ 42 mil no gabinete, tem origem legal.


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Segundo ele, os valores constam em sua declaração do Imposto de Renda. "Os valores encontrados são fruto de trabalho. Desde 1998, adquiri uma propriedade rural, que sempre produziu, mesmo que em pequenas quantidades, anualmente. Sempre tive uma declaração de renda documentada e comprovada que soma valores de até R$ 400 mil do meu trabalho profissional. Eu construí um patrimônio ao longo da vida".


Suman também diz que sua prisão teria sido ilegal. "O desembargador havia negado qualquer ação como a que foi executada em minha casa. Deu apenas determinação de busca e apreensão e não prisão em flagrante".


E afirmou que "passou pelo maior atrocidade", diante da exposição no momento em que foi preso. "Eles foram criticados pelo Conselho de Justiça pelo fato como me expuseram, atrás de um camburão, sem ar-condicionado".


Agora, Suman diz que vai trabalhar para provar sua inocência e que toda essa situação pode ter sido originada, sem citar nomes, por ter desagradado a alguém. "Nós combatemos duramente uma OS, que a princípio venceu o processo licitatório e agradou a população. Mas ao longo do tempo a gestão começou a ser temerária. Nós fizemos notificações, intervimos, desqualificamos e promovemos ação civil pública e, com certeza, isso pode ter desagradado a pessoas que queriam usurpar da nossa cidade".


Suman não informou como fica a situação do secretário de Educação, Marcelo Nicolau, que também foi preso na última quarta-feira (15) e, assim como o chefe do Executivo, foi solto no sábado (18). Por determinação judicial, os dois não podem manter contato.


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