Mais um passo foi dado para tirar da gaveta o Aeroporto Metropolitano de Guarujá. Prefeitura e Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) firmaram um memorando de entendimento para desenvolver o projeto estrutural do empreendimento. Porém, a eventual parceria para que o Governo Paulista assuma as obras, na Base Aérea de Santos, estão ameaçadas com a eleição de João Doria (PSDB) a governador.
Durante a campanha eleitoral, o tucano afirmou que caberia à iniciativa privada construir e explorar o aeroporto regional. Para A Tribuna, Doria disse, no mês passado, que não caberia aos cofres paulistas custearem o projeto.
O apoio do Estado foi costurado entre o governador Márcio França e o prefeito Válter Suman, ambos do PSB. Uma das propostas seria o Daesp assumir a primeira das três etapas de implantação do empreendimento.
O documento, firmado na sexta-feira passada, faz com que a Prefeitura ponha à disposição do Daesp todas as informações, plantas e os documentos necessários. O órgão paulista se compromete a prestar ao aeródromo de Guarujá auxílio e orientação em todas as tarefas que dizem respeito ao equipamento.
O documento foi assinado pelo prefeito de Guarujá e pelo secretário de Transportes do Estado de São Paulo, Mário Mondolfo. A expectativa é que um convênio seja firmado antes de janeiro, quando haverá troca no comando no Governo paulista. Procurados, Doria e Daesp não se manifestaram à Reportagem.
A Prefeitura aguarda definições do Daesp, como o valor a ser investido na versão final do edital de concessão do aeroporto e encaminhar esse documento à Secretaria de Aviação Civil (SAC).
De forma paralela, a Administração Municipal aguarda a conclusão do zoneamento da área do aeródromo, que está sendo delineada pela Força Aérea Brasileira (FAB). A expectativa é que esse espaço seja concedido à Prefeitura pela SAC no próximo mês.
O aeródromo consiste em duas áreas, uma na parte já consolidada da Base Aérea – onde será construído um terminal provisório de passageiros – e outra na parte a ser consolidada para a construção da estrutura permanente. Esse terminal será erguido durante a concessão desse local provisório, que será de cinco anos.