Está prevista para a noite desta sexta-feira (8) a chegada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Base Aérea de Santos, em Vicente de Carvalho. Dali, se deslocará ao Forte dos Andradas, em Guarujá, onde passará o feriado prolongado de Nossa Senhora Aparecida. Deverá ficar na Cidade até terça-feira (12).
Será sua oitava visita de descanso à Baixada Santista desde que assumiu o cargo. Esteve ainda outra vez na região, no ano passado, mas para receber o título de Cidadão Vicentino e visitar a Ponte dos Barreiros, em São Vicente, reformada com verba federal.
As sete viagens de repouso feitas por Bolsonaro já custaram aos cofres públicos R$ 2,1 milhões — exatos R$ 2.171.462,70, sem correção monetária, conforme dados obtidos em requerimento baseado na Lei de Acesso à Informação (LAI).
Considerados os 34 dias em que o presidente esteve em Guarujá, o gasto médio diário com seu descanso foi de R$ 63.866,55. Mantido o ritmo, o Governo despenderá cerca de R$ 250 mil pelos quatro dias de passeio.
A mais cara das viagens de Bolsonaro a Guarujá foi a mais recente, ainda que não tivesse sido a mais longa: a do último Ano-Novo, entre 28 de dezembro e 4 de janeiro últimos. Gastaram-se R$ 512,1 mil.
A menos dispendiosa foi a primeira, de 18 a 21 de abril de 2019, que demandou R$ 140.749,56. Em média, cada uma das sete vezes em que veio custou R$ 310.208,96. Consideram-se os preparativos para as visitas e a permanência do presidente.
Os dados provêm do Gabinete Pessoal do Presidente da República, em resposta a perguntas feitas à Presidência por meio da LAI. Não se detalhou o uso de verba com deslocamentos e pessoal, pois veículos do Gabinete de Segurança Institucional servem à proteção presidencial, e tais informações, “por questões de segurança, são classificadas com grau de sigilo reservado”.
Indagada sobre a fonte de custeio das viagens no Orçamento da União, a Presidência respondeu que foi a dotação “Ação 2000 - Administração da Unidade”. É uma exceção legal para gastos nos quais não se identificam o bem ou o serviço pago pelo Governo, também com base no segredo de corrente de motivos de segurança.