As chuvas que atingiram o Litoral de São Paulo entre a tarde de segunda (28) e a manhã desta terça-feira (29) deixaram pontos de alagamento em várias cidades da região. São Vicente foi uma das cidades que mais sofreu com o temporal.
Em contato com A Tribuna, a promotora de vendas Brunelli Gomes Rodrigues diz que não conseguiu sequer sair de casa para trabalhar. Moradora do Catiapoã há apenas seis meses, ela diz que qualquer chuva no bairro é um transtorno.
"Alaga toda vez que chove. É impossível sair [de casa] porque a água bate no joelho. Hoje eu perdi um dia de trabalho", desabafa.
Antes de se mudar para o Catiapoã, Brunelli morava no Parque Bitaru. Ela afirma que morou por seis anos no bairro, próximo à faculdade Unesp, e nunca viu a rua alagar. "Nunca passei por isso. Imagina toda vez que chover eu não poder sair de casa?".
A Defesa Civil de São Vicente informou que o índice pluviométrico das últimas 72 horas foi de 94,4 milímetros. Isso, segundo o órgão, coloca o município em estado de atenção.
Foram registrados pontos de alagamento em ruas próximas à Linha Azul, que corta os bairros Guassu, Catiapoã, Jóquei, Parque São Vicente e Cidade Náutica. Outros locais que também registraram pontos com acessos dificultados foram a Avenida Capitão Luis Antônio Pimenta e o Viaduto Mario Covas, ambos no Parque Bitaru. Além deles, alguns trechos da Linha Amarela e Linha Vermelha, próximo à divisa com Santos, também sofreram com as fortes chuvas.
A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) informa que está com a equipe de trânsito nas ruas para orientar os motoristas e organizar o tráfego. Confira registros de outras cidades da Baixada Santista:
Santos
A cidade de Santos registrou um índice de 106,2 milímetros de chuva nas últimas 72 horas e os morros estão em estado de atenção. A Defesa Civil chegou a registrar um escorregamento na Rua 13, sem número, no Morro Santa Maria, sem necessidade de interditar a moradia.
Praia Grande
A Prefeitura de Praia Grande informou, por meio da Defesa Civil, que não houve ocorrências relacionadas às chuvas entre a noite de segunda (28) e a manhã de terça (29). O índice pluviométrico nas últimas 24 horas foi de 96 milímetros. Alguns semáforos apresentaram problemas de funcionamento, mas equipes da Engenharia de Tráfego fizeram as manutenções necessárias.
Guarujá
A Defesa Civil de Guarujá informou que o acumulado de chuvas das últimas 24 horas foi de 49 milímetros. Os ventos chegaram a 27,5 km/h às 5h41 desta terça-feira (29). Os morros do município estão em estado de observação.
Cubatão
De acordo com a Defesa Civil de Cubatão, não há registro de ocorrências por conta das chuvas. O acumulado de 24 horas é de 30,6 milímetros na área central e 17,2 milímetros na região das Cotas.
Mongaguá
Nenhuma ocorrência foi registrada pela Defesa Civil de Mongaguá até o momento. Nas últimas 72 horas, o índice pluviométrico registrado na cidade é de aproximadamente 150 milímetros.
Itanhaém
A Defesa Civil de Itanhaém afirmou apenas que não registrou ocorrências em decorrência das chuvas. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o índice pluviométrico registrado na cidade é de 37,3 milímetros.
Peruíbe
O Departamento Municipal de Defesa Civil de Peruíbe informou que a média de chuvas das últimas 24 horas é de 26 milímetros, sem ocorrências. O setor afirma ainda que não houve queda de árvores até então e os pontos de alagamento foram identificados como "espelhos d'água", sem chamados.
A Prefeitura de Bertioga não retornou a solicitação da reportagem até a publicação desta matéria.