Técnico em ortopedia é vacinado em Santos após perder sete amigos para Covid-19: 'Esperançoso'

Clayton Morais recebeu a primeira dose da Coronavac. Em meio a gravidade da situação, ele faz um apelo e pede que a população não resista a ser imunizada

Por: Daniel Gois  -  22/01/21  -  09:36
Segunda dose destina-se aos trabalhadores que receberam a 1ª dose nos dias 2,3 e 4 de fevereiro
Segunda dose destina-se aos trabalhadores que receberam a 1ª dose nos dias 2,3 e 4 de fevereiro   Foto: Arquivo pessoal

Pensar não só na própria saúde, mas também na de quem está por perto. Foi com essa mentalidade que o técnico em ortopedia Clayton Aparecido Morais, de 41 anos, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19, na UPA Central, em Santos, local onde trabalha. Agora, o morador da Vila Tupi, em Praia Grande, vive a esperança de que mais vidas possam ser salvas.


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“Super esperançoso. Tomara que dê certo, porque está complicado para nosso lado. Muitos colegas de trabalho já se foram. A gente que está ali dentro fica apreensivo e torcendo pra que tudo dê certo”, comenta.


Clayton Morais conta que não chegou a ser infectado pela Covid-19, diferentemente de familiares e conhecidos. Entre 20 amigos que testaram positivo, sete falecerem, sendo dois médicos, que estavam na linha de frente contra a doença.


O técnico em ortopedia conta que sentiu apenas um leve desconforto no braço, sem efeitos colaterais. Em meio a gravidade da situação, ele faz um apelo e pede que a população não resista a ser imunizada.


“Com medo ou sem medo, vai ter que tomar. Vamos colocar em primeiro lugar nossos filhos e pais. Das eleições pra cá, a Covid veio mais agressiva e não está escolhendo idade. Adultos, crianças, idosos, todo mundo corre risco. Pensando neles, não podemos ter medo. Precisamos tomar a vacina”, afirma.


Desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, a Coronavac começou a ser aplicada em Santos para profissionais da saúde nesta quarta-feira (20). A cidade tem 9.560 doses armazenadas.


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