Pensar não só na própria saúde, mas também na de quem está por perto. Foi com essa mentalidade que o técnico em ortopedia Clayton Aparecido Morais, de 41 anos, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19, na UPA Central, em Santos, local onde trabalha. Agora, o morador da Vila Tupi, em Praia Grande, vive a esperança de que mais vidas possam ser salvas.
“Super esperançoso. Tomara que dê certo, porque está complicado para nosso lado. Muitos colegas de trabalho já se foram. A gente que está ali dentro fica apreensivo e torcendo pra que tudo dê certo”, comenta.
Clayton Morais conta que não chegou a ser infectado pela Covid-19, diferentemente de familiares e conhecidos. Entre 20 amigos que testaram positivo, sete falecerem, sendo dois médicos, que estavam na linha de frente contra a doença.
O técnico em ortopedia conta que sentiu apenas um leve desconforto no braço, sem efeitos colaterais. Em meio a gravidade da situação, ele faz um apelo e pede que a população não resista a ser imunizada.
“Com medo ou sem medo, vai ter que tomar. Vamos colocar em primeiro lugar nossos filhos e pais. Das eleições pra cá, a Covid veio mais agressiva e não está escolhendo idade. Adultos, crianças, idosos, todo mundo corre risco. Pensando neles, não podemos ter medo. Precisamos tomar a vacina”, afirma.
Desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, a Coronavac começou a ser aplicada em Santos para profissionais da saúde nesta quarta-feira (20). A cidade tem 9.560 doses armazenadas.