Setor hoteleiro prevê alta no movimento durante a temporada de verão na Baixada Santista

Média de ocupação está entre 20% e 35% durante a semana e 70% de sexta a domingo

Por: Matheus Müller & Daniel Gois &  -  07/01/21  -  09:50
Partiu, turismo: viagem para nova realidade.
Partiu, turismo: viagem para nova realidade.   Foto: Matheus Tagé/AT

Os hotéis e pousadas têm atingido, em média, 70% de ocupação aos finais de semana, o que não se repete nos demais dias, quando o percentual cai para 20% ou 35%, segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sinhores), Heitor Gonzalez, que prevê uma alta dos números para esse período de férias de verão.


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O sindicalista acredita ser difícil a temporada atingir os mesmos índices de anos anteriores: 70% de ocupação no meio da semana e 90% entre sexta e domingo, mas enxerga que o desempenho tende a melhorar com a manutenção da Baixada Santista ao menos na fase amarela do Plano.SP - com mais flexibilidade nas restrições para evitar o contágio da covid-19.


Ele lembra, inclusive, que, na próxima quinta-feira (7), o Governo do Estado vai anunciar a reclassificação do Plano.SP e, portanto, vive a expectativa de que a Baixada Santista não recue para a fase vermelha (apenas com serviços essenciais).


“Hoje existe uma incerteza. O que será que ele (governador João Doria, PSDB) vai fazer dia 7? Existem feriados importantes em janeiro, como o dia 25 (aniversário de São Paulo). De repente ele transforma em vermelho de novo”, diz.


Gonzalez lembra que antes das festas de final de ano, o Governo reclassificou todo o Estado, entre os dias 25 e 27 de dezembro e 1º a 3 de janeiro, na fase vermelha. Apesar de os prefeitos da Baixada Santista não terem acatado a determinação, a situação causou grande dano à rede hoteleira e aos bares e restaurantes.


Turismo regional sofre com incertezas em meio a Covid-19 e decretos distintos


O turismo regional começou este ano com incertezas. As diferentes medidas restritivas adotadas pelas prefeituras e a própria segunda onda da Covid-19 atrapalharam as expectativas de quem vive os bastidores do ramo.


“Esperávamos um 2021 promissor quanto a isso, mas não contávamos com a segunda onda da pandemia. O mês de dezembro não foi tão bom, mesmo se você contabilizar o fim do ano. A gente esperava algo em torno do que aconteceu ano passado. Essas incertezas, para janeiro, estão no ar. As expectativas para finais de semana ainda são boas. Ainda está muito incerto”, afirma Gonzalez.


O prsidente doSinhores pede que o poder público fortaleça as fiscalizações quanto às medidas restritivas, mas critica a divergência de decretos entre as prefeituras da Baixada Santista.


“Se um prefeito fecha a praia, e o outro abre, você causa um grande problema de comunicação, porque as pessoas não entendem. Esse tipo de tomada de decisão prejudica a região. Sempre tem uma coisa que bate num município e não no outro”, lamenta.


Esperança


O trabalho dos guias de turismo e agências de viagem quanto a conscientização dos clientes durante a pandemia ganha força e é importante para manter o setor vivo. É o que aponta o presidente do Visite Santos, organização sem fins lucrativos que atua na promoção do turismo na cidade.


“A gente coloca todos os passeios disponíveis na cidade, abordamos através de campanhas na internet. Fazemos treinamentos para os recepcionistas dos hotéis. É necessário um impulsionamento de divulgação. Focar nas famílias que viajam com meio próprio de transporte”, destaca Leonardo Carvalho, presidente do Visite Santos.


Segundo Gonzalez, o turismo de curta distância chega a representar, atualmente, 90% das receitas do setor. A previsão é que isso se extenda durante todo o primeiro semestre.


“A única saída que temos hoje é o turismo de curta distância. Não existe outra perspectiva para esse momento. Ninguém consegue planejar mais nada. Hoje o cara que vem para o Guarujá, ano passado foi para Natal, Recife, Fortaleza... Esse é nosso grande trunfo para o semestre", aponta Gonzalez.


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