Sem acordo por reajuste, funcionários da Fundação Casa iniciam greve nesta quarta-feira

A paralisação foi aprovada por 84% dos trabalhadores em assembleia

Por: ATribuna.com.br  -  03/05/23  -  10:42
Atualizado em 03/05/23 - 11:21
Agentes rejeitaram proposta de reajuste e iniciaram uma paralisação
Agentes rejeitaram proposta de reajuste e iniciaram uma paralisação   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Funcionários da Fundação Casa iniciaram greve na manhã desta quarta-feira (3) por não chegarem a um acordo de reajuste salarial com o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governo de São Paulo ofereceu reajuste de 6% nos salários, mas os trabalhadores discordaram do valor e mantiveram o plano de greve, que já havia sido votado e aprovado no sábado (29).


Na Baixada Santista, há seis unidades que funcionam em Guarujá, Peruíbe, Mongaguá, São Vicente e duas em Praia Grande. Dos 400 funcionários da região, cerca de 100 estão de braços cruzados.


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Segundo o governo de São Paulo, a proposta feita na terça-feira (2) impacta além do salário e incide em benefícios dos servidores (vale-refeição, vale-alimentação e auxílios creche e funeral). Caso aprovada, passa a valer a partir de junho.


A paralisação foi aprovada por 84% dos trabalhadores em assembleia. Assim, os funcionários estão oficialmente em greve desde as 0h desta quarta.


Os trabalhadores têm uma audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta manhã. "Esperamos que com a questão da greve que iniciou hoje, que os deputados nos ouçam, que o governo venha aqui", afirmou a presidente do Sindicato da Socioeducação de São Paulo (Sitsesp), Cláudia Maria, em entrevista ao G1.


O governo de SP obteve liminar no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) para que 80% do efetivo de servidores de cada área de atuação permaneça em seus postos de trabalho para a continuidade da execução da medida socioeducativa em todo o estado. Em caso de descumprimento, o Sitsesp será multado em R$ 200 mil ao dia.


A Secretaria da Justiça e Cidadania, gerida pelo secretário Fábio Prieto no governo de Tarcísio, é responsável pela Fundação Casa. Em nota, a pasta afirmou que fez três reuniões neste ano com representantes dos funcionários antes de apresentar a proposta de reajuste.


Segundo o posicionamento, a Fundação concedeu 18,91% de reajuste para os servidores entre 2018 e 2022. O governo afirma que o reajuste incluiu os benefícios do vale-refeição, auxílio-creche e auxílio-funeral. "O vale-alimentação, por sua vez, teve elevação 45,42% no mesmo período", afirma o governo.


A última das reuniões com os funcionários ocorreu na noite de terça-feira (2) com a presença do secretário da Casa Civil, Arthur Lima; do secretário da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto; de secretarias do Governo do Estado de São Paulo, e da presidente do Sitsesp (Sindicato da Socioeducação de São Paulo), Cláudia Maria e diretores.


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