Por reconhecimento do trabalho, artesãos buscam regularização da profissão

Conheça histórias de profissionais da região que trabalham com e sem certificado; confira as cidades da Região que emitem certificação do artesão do Estado de São Paulo

Por: Yasmin Vilar & De A Tribuna On-line &  -  06/02/19  -  13:31
  Foto: Marcela Ferreira/ AT

Regularizar a profissão de artesão é um dos desejos de quem utiliza o trabalho manual como fonte de renda. Para isso, a Baixada Santista conta com seis municípios Amigos do Artesão Paulista, responsáveis por emitir a carteira da Subsecretaria do Trabalho Artesanal nas Comunidade (Sutaco) do Estado de São Paulo.


Entre as cidades parceiras da ação está Cubatão, que no primeiro ano da emissão conseguiu entregar 48 carteiras. Já a cidade de São Vicente conseguiu regularizar e certificar 80 munícipes em dois anos. Guarujá, Peruíbe, Praia Grande e Santos também realizam o procedimento. Para conseguir a certificação, o artesão deve expor seu trabalho para uma equipe técnica aprovar o artesanato.


Fazendo artesanato desde 1981, Maria Izabel Francisca, de 79 anos, foi uma das primeiras artesãs de São Vicente a conseguir a carteira da Sutaco, já tendo renovado a carteira pela terceira vez. Com a produção de bonecas, bichos de pelúcias e chaveiros, a artesã conseguiu um espaço na antiga feira de artesanato da Praça Vinte e Dois de Janeiro, hoje realizada no Parque Cultural Vila de São Vicente. “O artesão busca a carteira para ter um reconhecimento do trabalho. Esperamos que ela nos ajude nas vendas”, comenta.


Artesã de São Vicente conseguiu a carteira para formalizar venda de tapetes e adereços em crochê
Artesã de São Vicente conseguiu a carteira para formalizar venda de tapetes e adereços em crochê   Foto: Arquivo Pessoal /Débora Maria

 “A carteira me fortalece como profissional artesã. É um reconhecimento para que eu possa expor meu trabalho tranquilamente, além de ser importante na questão jurídica. Conheço até pessoas que usam a certificação para exportar seu trabalho”, explica a artesã Débora Maria Silva que conseguiu sua carteira há sete anos. A artesã aprendeu a tricotar aos 5 anos e a produção de tapetes de crochê e barbantes se tornou sua fonte de renda . A ex-secretária expõe seu trabalho em feiras de artesanato em São Vicente.


Outro lado – A artesã Márcia Roberta, de 55 anos, tem o artesanato como fonte de renda há cinco anos. Moradora de Santos, ela conta que começou a fazer o artesanato de maneira despretensiosa. “Comecei a fazer artesanato por causa de uma síndrome de pânico, precisava me distrair”, conta. Depois de dar aulas de artesanato, Márcia passou a ganhar popularidade, sendo convidada para dar aulas na televisão.


Hoje com um ateliê, Márcia explica que ganha mais dinheiro ensinando outras pessoas do que produzindo o próprio artesanato, tendo seu espaço autorizado pela prefeitura. “O meu espaço é regularizado, mas como artesã eu nunca procurei. Acredito que ter a carteirinha traga alguns benefícios, pois ela é capaz de regularizar a profissão”.


Após começar a produzir como distração durante doença, Márcia tem o artesanato como fonte de renda
Após começar a produzir como distração durante doença, Márcia tem o artesanato como fonte de renda   Foto: Marcela Ferreira/ AT

Emissão - Confira os municípios que emitem a carteira:


Cubatão– Avenida Nove de Abril, 2275  - Vila Nova - (13) 3362-0844
Guarujá– Avenida Dom Pedro I, 350 – Jardim Tejereba - 3387-7016
Peruíbe - Rua Ministério Genésio de Almeida Moura, 13 - Centro - 3454-1215
Praia Grande -  Avenida Ayrton Senna da Silva, 1511 - 3496-5402
Santos - Avenida Conselheiro Nébias, 388 - Paquetá - 3222-8050
São Vicente - Rua Tenente Durval do Amaral, 72 - Catiapoã - 3468-1536


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