Pinguins nas praias: instituições ambientais fazem alerta no litoral de SP
Entidades explicam o que fazer caso os animais sejam encontrados
Com a chegada do inverno, também começa a temporada migratória de várias espécies marinhas, dentre elas, os pinguins-de-magalhães, que saem de suas colônias reprodutivas no sul da Argentina, Patagônia, Chile e Ilhas Malvinas, e, com isso, acabam sendo encontrados na costa brasileira.
Uma das instituições ambientais que faz um importante trabalho ajudando os animais é o Biopesca, que é uma das integrantes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), e cuida do trecho entre Peruíbe e Praia Grande. Ao todo, três pinguins-de-magalhães encontrados debilitados em Praia Grande, Itanhaém e Peruíbe se encontram atualmente em tratamento no instituito.
A espécie migra em busca, principalmente, de comida em águas mais quentes. Apenas neste ano, o Instituto Biopesca já resgatou ou recolheu 19 pinguins-de-magalhães vivos ou mortos.
Caso seja encontrado pela população, os procedimentos incluem manter distância a fim de não estressá-lo e não fazer barulho. “Essas medidas são importantes não só para o conforto do animal, mas também para não estressá-lo ainda mais, já que se encontra muito debilitado em decorrência da viagem migratória”, explica Rodrigo Valle, coordenador geral do Instituto Biopesca.
O que também não é aconselhado é colocar o animal no gelo ou na água, pois pode até matá-lo. O recomendado é chamar órgãos ambientais o quanto antes, como o Biopesca.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, é preciso entrar em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Outro instituto que trabalha com resgate e cuidado de animais é o Gremar, que também integra o PMP-BS, e monitora o trecho entre São Vicente e Bertioga. No último dia 9 de junho, um pinguim foi resgatado em uma praia de Bertioga.
Segundo o Gremar, o animal foi encontrado com a síndrome do pinquim encalhado, apresentando sintomas de desidratação, hipotermia e hipoglicemia. Ele foi encaminhado para tratamento com mais dois pinguins, que tinham encalhado nas últimas semanas.
O instituto salienta que alguns indivíduos não suportem a longa viagem, especialmente os jovens, que estão realizando a sua primeira migração e são mais "inexperientes" - o que pode resultar em encalhes deste tipo. Além de outros fatores naturais, como doenças e predação.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, o Gremar orienta que as pessoas entrem em contato pelos telefones 0800 642 3341 ou (13) 99711 4120.
