No débito ou no crédito? Já é difícil imaginar o dia a dia sem os cartões bancários. Não são poucas as pessoas que quase nunca veem as notas na carteira e só utilizam o dinheiro de plástico.
Apesar disso – ou até por isso –, os problemas com cartões entre brasileiros são muitos, e é preciso atenção do consumidor: uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL), do SPC Brasil e do Sebrae mostrou que 46% dos entrevistados já tinham sofrido algum tipo de golpe financeiro nos últimos 12 meses (a pesquisa foi lançada em agosto do ano passado).
A estimativa era de que 12 milhões de pessoas tivessem sido vítimas de golpes naquele período. Entre estes, 25% tiveram o cartão de crédito ou o de débito clonado.
Responsabilidade
Com o avanço da tecnologia, os cartões receberam chips, o que diminuiu a possibilidade de clonagem nas compras feitas pessoalmente. Na internet, porém, o perigo existe, pois são preenchidos apenas formulários. Por isso, o gerente de projetos da CDNL, Daniel Sakamoto, alerta que o consumidor deve ter atenção.
Primeiro, diz ele, é preciso entender que a segurança do cartão e o problema da clonagem são uma responsabilidade compartilhada. No que diz respeito ao consumidor, é preciso que, ao realizar uma compra, ele busque informações sobre a loja onde vai comprar.
“Qual a reputação que ela tem nos sites de avaliação? O site onde as transações são feitas tem aquele cadeado na parte superior?”.
Fora isso, da mesma forma com que já se acostumaram a ter antivírus no computador, brasileiros precisam se habituar a ter este tipo de programa nos celulares. “Isso ajuda bastante a evitar problemas”, recomenda o especialista.
No entanto, Sakamoto afirma que as empresas precisam garantir ambientes seguros para que os usuários realizem as operações.
“Na maioria das vezes, as fraudes não são por parte das lojas. O problema é que elas deixam brechas de segurança que possibilitam a ação de hackers".
Clonado: E agora?
Para quem teve o cartão clonado, o primeiro passo é avisar à instituição financeira e registrar um boletim de ocorrência.
“Apesar de os bancos tomarem a responsabilidade de não cobrar o que o cliente não comprou, isso pode levar um tempo”, afirma Sakamoto.
Presente
Não é porque a tecnologia nos chips reduziu a possibilidade de clonagem dos cartões que as compras físicas são seguras. Pelo contrário, alguns golpes são aplicados debaixo do nariz dos consumidores.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), muitos golpistas usam a chamada engenharia social, armadilhas criadas por eles para obter dados pessoais dos clientes. E aí, por ingenuidade, as senhas e outras credenciais de acesso são entregues aos criminosos sem que o cliente perceba.
Quase Metade
Pesquisa da Conferência Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL), SPC Brasil e Sebrae indica que 46% dos entrevistados tinham sofrido algum tipo de golpe financeiro, envolvendo cartões de crédito ou débito, em 12 meses. A pesquisa foi divulgada em agosto do ano passado. Entre os principais golpes, a clonagem do cartão aparece na liderança, mesmo com o advento dos chips, que reduziu essa possibilidade.