Morre em Santos, aos 96 anos, o corretor de café Eduardo Hayden Carvalhaes

Ele acompanhou as fases áureas do setor cafeeiro e as transformações do setor

Por: Júnior Batista  -  17/01/22  -  16:26
Atualizado em 17/01/22 - 21:16
Eduardo Hayden Carvalhaes havia nascido em Santos, em 1925
Eduardo Hayden Carvalhaes havia nascido em Santos, em 1925   Foto: José Dias Herrera/Arquivo

O corpo do corretor de café Eduardo Hayden Carvalhaes foi cremado na segunda-feira (17), na Memorial Necrópole Ecumênica. Ele morreu no domingo (16), aos 96 anos, enquanto dormia, em Santos. Proprietário do Escritório Carvalhaes de Corretagem, fundado em 1942, ele acompanhou fases áureas do café em Santos, os negócios na Bolsa Oficial de Café, no Centro, e as transformações do setor cafeeiro.


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“O comércio para mim é um meio de vida, não um meio de morte. Eu acho que a gente deve fazer o melhor possível, estar o mais possível atualizado, o mais possível informado, ter o máximo de tolerância com todo mundo”, afirmou Eduardo em depoimento ao acervo do Museu da Pessoa, em 2005.


Carvalhaes nasceu em Santos, em 10 de maio de 1925. É neto de santistas com ascendências alemã e francesa. Ele frequentou os primeiros anos escolares no antigo Ginásio Santista e começou a estudar Engenharia na Faculdade Mackenzie, na Capital.


Ele se mudou para Santos e começou a trabalhar com um amigo do tio, Aguinaldo Amaral, no Departamento Nacional do Café. No entanto, Eduardo foi para a corretagem por influência dos tios, com os quais aprendeu a corretagem, Nelson e Álvaro, que fundaram a empresa hoje administrada pelos filhos de Eduardo Carvalhaes – Eduardo Júnior, Sérgio e Nelson. Casado com Helena Ferreira da Silva Carvalhaes, o empresário também deixou a filha Lúcia Helena.


No escritório dos tios,Eduardo aprendeu tudo sobre café. “Meu pai parou de ir ao escritório tem há somente uns dez ou 12 anos. Ele sempre foi muito assíduo”, conta Eduardo Júnior.


Sua família tem tradição no café desde por volta de 1865, segundo Eduardo Júnior, quando os negócios da família ainda se chamavam Vicente Carvalhaes Exportadora.


A esposa, santista, também tem família com tradição de café. “Meu avô materno foi exportador de café e o pai dele produtor de café em Bragança Paulista”, conta Carvalhaes Junior.


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