Moradores do litoral de SP procuram por pets desaparecidos após 'fogos e rojões' na virada do ano

A Tribuna reuniu histórias de tutores de cães e gatos que se assustaram com barulhos na virada do ano e desapareceram

Por: Thiago D'Almeida  -  02/01/22  -  17:01
Atualizado em 03/01/22 - 06:33
Donos buscam pets que fugiram durante celebrações da virada do ano na Baixada Santista
Donos buscam pets que fugiram durante celebrações da virada do ano na Baixada Santista   Foto: Arquivo Pessoal

Os fogos e rojões usados na celebração da virada do ano também causaram problemas para muitas famílias da Baixada Santista, que viram seus amados pets fugirem de casa com medo do barulho. Desde o início da última sexta-feira (31) até o fim de sábado (1º), sons assustaram cães e gatos por toda a região e deixaram seus donos desesperados a sua procura.


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A Tribuna entrou em contato com tutores, que publicaram o desaparecimento de seus pets em redes sociais, e juntou as histórias na tentativa de ajudá-los nas buscas.


Em Santos
A gata Pitchurruka, de apenas seis meses, se assustou com os barulhos dos rojões e sumiu no bairro Boqueirão. Sua dona, a professora Pérola Cristina Rubio, de 53 anos, afirma que percebeu o sumiço por volta das 9h da última sexta-feira, quando moradores de casas nas proximidades começaram uma queima 'caseira' de fogos.


Família da gatinha Pitchurruka mora no Boqueirão, em Santos
Família da gatinha Pitchurruka mora no Boqueirão, em Santos   Foto: Arquivo Pessoal/Ricardo Fernandes

De acordo com a dona, a gatinha não tem raça definida, mas é “rajada” de amarelo, cinza e preto, com olhos verdes e a ponta do rabo branca. O pet desaparecido é dócil e, segundo Pérola, deve estar assustada, uma vez que nunca saiu de casa. Os familiares estão muito tristes com a sua ausência e disponibilizaram o número (13) 99184-7026 para informações sobre o seu paradeiro.


Outro gatinho que se assustou com o barulho dos vizinhos foi o Dudu, de 14 anos. Sua dona chama-se Ellen Borges, de 32 anos, e está a sua procura desde a virada do ano. “A última vez que o vi foi por volta de meia noite. Passei a virada em casa, pois também tenho um bebê de poucos meses", afirma. “Até então, [o gato] estava conosco na sala, mas depois que fui deitar, não o avistei mais. Meu apartamento é todo ‘telado’ com redes de proteção, mas percebi que a tela da cozinha foi estourada.”


Família de Gato Dudu mora no bairro Embaré, em Santos, e disponibiliza o número (13) 99107-0594 para contato
Família de Gato Dudu mora no bairro Embaré, em Santos, e disponibiliza o número (13) 99107-0594 para contato   Foto: Arquivo Pessoal

Ellen afirma que o pet é castrado, vacinado, microchipado, e está com a documentação toda em dia para viajar pra Portugal em março. A família pede notícias do gatinho desaparecido e deixa o número (13) 99107-0594 para contato.


Praia Grande
A cadela Kiara, de dois anos, foi vista pela última vez minutos antes da queima de fogos na cidade de Praia Grande, no bairro Maracanã. Segundo sua dona, a jovem Alice, de apenas 15 anos, a cor do pet desaparecido é próxima de mel, com algumas manchinhas brancas, está sem coleira e é dócil. A família forneceu o número (13) 99188-6878 para envio de informações.


Família da cadela Kiara mora no bairro Maracanã, em Praia Grande, e disponibiliza número (13) 99188-6878 para contato
Família da cadela Kiara mora no bairro Maracanã, em Praia Grande, e disponibiliza número (13) 99188-6878 para contato   Foto: Arquivo Pessoal

Afinal, o que acontece com os pets no ano novo?
A Tribuna também entrou em contato com uma especialista no assunto para entender como cães e gatos se sentem em meio aos barulhos nas celebrações da virada do ano. A veterinária Juliana Guazzelli Ferrari, de 42 anos, afirma que por ter a audição mais apurada que a dos humanos, sons como presentes em uma queima de fogos trazem muito desconforto aos pets.


"Geram muito estresse e, às vezes, até sintomas físicos como diarreia, vômito e convulsões. Esses problemas podem perdurar por dias”, comenta.



Segundo a profissional, os animais se sentem ameaçados e podem tentar se esconder, apresentar comportamento agressivo e até fugir. Para ela, essas reações devem ser minimizadas com atitudes, treinamentos e, em alguns casos, medicamentos.


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