Uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 deve ser necessária para garantir uma melhor prevenção em meio às variantes do vírus. Infectologistas da Baixada Santista acreditam que a aplicação da dose de reforço pode começar ainda neste ano, quando toda a população receber as duas doses.
"As variantes podem passar por cima dos imunizantes, então você precisa aumentar sua defesa, com uma dose de reforço", explica o infectologista Ricardo Hayden. "A dose extra vai aumentar ainda mais a defesa do corpo, para protegê-lo contra as variantes", afirma.
O médico acredita que a aplicação da terceira dose pode ter início ainda neste ano, em novembro ou dezembro, caso a vacinação mantenha o ritmo atual. Na Baixada Santista, municípios já vacinam pessoas sem comorbidades com menos de 40 anos de idade.
A infectologista Elisabeth Dotti alerta para a variante delta, originada na Índia, que pode ultrapassar os anticorpos gerados pela vacinação, o que traria a necessidade de uma terceira dose.
"Não temos ideia sobre quanto tempo as vacinas trarão proteção. Vamos caminhar, claramente, para a terceira dose. É preciso dar um tempo para o organismo fabricar os anticorpos e, quando der uma 'falhada', reforçar com a terceira dose", explica.
Para Dotti, será preciso um intervalo de 90 dias após a aplicação da segunda dose da vacina, para então a pessoa receber a dose de reforço. A previsão da infectologista é de que, em janeiro de 2022, tenha início a aplicação da terceira dose.
Mundo
No Reino Unido, há um planejamento para aplicar a terceira dose da vacina contra a Covid-19 em pessoas acima de 50 anos de idade.
Na Túrquia, além dessa faixa etária, profissionais da Saúde também irão receber uma dose de reforço, seja da Pfizer ou CoronaVac. Em junho, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos disponibilizaram uma terceira dose da Pfizer para quem já havia recebido as duas doses.