Infectologistas da Baixada Santista garantem segurança em vacinação infantil: ‘Nenhum risco’

Médicos explicam diferenças da dose pediátrica e importância para reduzir a transmissão do coronavírus

Por: Ágata Luz  -  18/12/21  -  13:59
Atualizado em 18/12/21 - 15:30
De acordo com os especialistas, a vacinação infantil é segura e essencial
De acordo com os especialistas, a vacinação infantil é segura e essencial   Foto: Matheus Tagé/AT

A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em aprovar a vacina Pfizer para imunização contra covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos foi comemorada por infectologistas da Baixada Santista. De acordo com os especialistas, a vacinação infantil é segura e essencial para proteger os mais novos e reduzir a transmissão do coronavírus.


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O médico infectologista Evaldo Stanislau informou que o ponto de vista epidemiológico deve ser levado em consideração para entender a importância de imunizar as crianças. “O vírus quer se transmitir com facilidade e se perpetuar. Hoje, ele está encontrando isso na população infantil não vacinada”, enfatiza, dizendo que, embora as crianças estejam naturalmente mais protegidas do que os adultos das formas graves da doença, elas podem igualmente adoecer. Por isso, devem receber a vacina.


Para a infectologista Elisabeth Dotti, as mutações do coronavírus ressaltam a afirmação de Stanislau. “Você tem uma população com um grande número de vacinados. Aí, chega uma mutação. O que a mutação vai fazer? Ela não vai para cima de quem está ‘armado’ (vacinado), vai para quem está ‘desarmado’.”


Os dois especialistas salientam que as crianças imunizadas estarão seguras. “Não há nenhum risco para a criança. A vacina é absolutamente segura. Inclusive, já está sendo utilizada em vários países nessa faixa etária”, explica Stanislau, afirmando que a recomendação é que todos os pais e responsáveis vacinem os filhos sem medo. “Nós precisamos de todos vacinados e protegidos.”


Segundo Elisabeth, os efeitos colaterais registrados em crianças são febre, dor de estômago, diarreia e pintinhas pelo corpo. “Costumam ser mais leves, uma reação mais alérgica. É um perfil diferente de população”, afirma, ao ressaltar que cada criança tem um organismo diferente.


Dose pediátrica

A dose da vacina que as crianças receberão terá diferença para a aplicada em adultos. “Há uma diferença de concentração do antígeno que imuniza e do volume de diluente. Portanto, a fórmula e a maneira de fazer são exatamente as mesmas. A vacina não é diferente, mas a forma de administrar e diluir os componentes é”, explica Evaldo Stanislau.


Para iniciar a vacinação no Estado, o governador João Doria (PSDB) autorizou o Governo de São Paulo a iniciar a negociação com a farmacêutica Pfizer, a fim de adquirir a vacina contra covid-19 destinada a crianças. Contudo, nesta sexta-feira (17), a empresa informou que vai priorizar o Ministério da Saúde na negociação.


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