Fase vermelha desanima comerciantes na Baixada Santista

Determinado pelo Estado para frear covid-19, novo fechamento por 14 dias leva dúvidas quanto à sobrevivência de negócios

Por: Da Redação  -  08/03/21  -  01:31
Maioria dos comerciantes ainda pensa em como inovar e reduzir custos
Maioria dos comerciantes ainda pensa em como inovar e reduzir custos   Foto: Alexsander Ferraz/AT

O primeiro dia da fase vermelha foi marcado por tristeza e desesperança por parte de comerciantes e empresários da região. A maioria ainda pensa em como inovar e reduzir custos diante de um novo fechamento, além de calcular prejuízos quando se encerrarem duas semanas de portas fechadas em diversos setores. 


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Segundo a proprietária do Bistrô Restaurante, Daniela Brandão, seu setor vem de uma sequela do ano passado e mal tinha começado a se recuperar. “A gente nem começou a respirar e acontece isso. Foi o momento no qual começamos a consolidar uma constância. Meu estabelecimento tem 30 anos, mas está comigo há três”, comenta.


Ela diz que investiu e fez melhorias. Mas, na hora de colher os frutos, começou a pandemia no ano passado. “Tudo fechou, e agora sirvo de 30 a 50 pratos por dia. Antes, eram de 80 a 120”.


Para Daniela, o sábado foi marcado por uma “dor enorme”. “Foi muito ruim, é uma tristeza enorme. O pessoal está com essa sensação à flor da pele, todos inquietos por não sabermos o que vai acontecer. Não posso perder a única coisa que tenho na vida”, lamenta.


O dono do Lelas Beach, Allison Sales Farias, explica que está “pedindo sabedoria a Deus”. “A gente sofre na linha de frente de trabalho. Mandei três pessoas embora e vendi R$ 280,00 de delivery, o que não dá para pagar nada. Foi difícil ao extremo”.
O comerciante questiona o motivo de outros setores estarem abertos, como as igrejas, e o dele não.


“Na crise do ano passado, eu tinha dez funcionários e mandei oito embora. Um vídeo meu vendendo marmitas a R$ 10,00 viralizou, eu me reergui e chamei de volta sete funcionários. Eu voltei com R$ 40,00 e 12 quilos de carne, depois de perder R$ 8 mil em produtos”, explica Allison.


Com o novo anúncio da fase vermelha, ele mandou embora mais cinco funcionários. “Neste ano, não tenho como fazer tudo isso de novo”, arremata.


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