A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) não recomenda vacinação contra a covid-19 a gestantes, lactantes e puérperas até que seja divulgado se esse grupo integrou os ensaios clínicos de pesquisa das vacinas que devem ser oferecidas neste mês.
Segundo a entidade, ainda não há informações dos efeitos dessas vacinas em gestantes. “Até o momento, ainda não foi divulgado se os estudos incluíram principalmente as gestantes”, diz Cecilia Roteli Martins, presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Febrasgo.
Ela reforça que, normalmente, as vacinas são seguras para esse grupo, como a da gripe. Cecilia também afirma que gestantes que trabalham em zonas de risco devem seguir orientação médica.
Nas ruas, gestantes se dividem. A dona de casa Bárbara Cardoso, de 32 anos, considera que, se “esperamos até agora, não tem necessidade de pressa. Acho que dá para esperar mais um pouco até surgir uma vacina com eficácia maior em todos os aspectos”, diz.
Ainda assim, o marido, Davi Diniz, de 32 anos, disse que vai se vacinar. “Me preocupo com ela, minha mãe. Então, ao menos, é melhor que eu me proteja.”
A dona de casa Odilane Rodrigues, de 22 anos, disse que está preocupada e desconfiada a respeito de se imunizar. “Vou esperar mais um pouco. Por enquanto, nem estou pensando muito nisso”, diz.
A estudante Karen Cristina, de 17 anos, grávida de sete meses, afirma que está muito preocupada com a covid-19. Confessa que, no começo da pandemia, negligenciou o uso de máscara e as aglomerações, mas agora está com medo.
“Minha sogra se mudou. Tenho medo e estou preocupada. Se meu médico liberar, eu vou tomar a vacina, sim. É o único jeito de se livrar dessa doença”, entende.