Doria diz que estado vive 'período mais crítico' para justificar quarentena e comércios fechados

Governador garantiu que 'não haverá nenhum abrandamento nas medidas', apesar dos pedidos de flexibilização do setor

Por: Matheus Müller  -  10/04/20  -  01:39
Doria diz que estado vive 'período mais crítico' para justificar quarentena e comércios fechados
Doria diz que estado vive 'período mais crítico' para justificar quarentena e comércios fechados   Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

A indefinição sobre o tempo de duração da pandemia do coronavírus (Covid-19) e os efeitos de decisões como a quarentena - mantida no estado pelo menos até 22 de abril, para preservar vidas - tem causado angústia e incertezas a comerciantes, micro e pequenos empresários e trabalhadores autônomos. Apesar dos pedidos de flexibilização para a abertura de estabelecimentos com atendimento presencial, o governador João Doria (PSDB) é taxativo: “Não há nenhum abrandamento nas medidas”.


Segundo Doria, o estado apenas iniciou o que diz ser o “período mais crítico, mais difícil, mais dramático e mais triste dessa crise, que vai produzir centenas de óbitos e, lamentavelmente, milhares de pessoas infectadas”, em resposta para A Tribuna, em coletiva realizada nesta manhã, no Palácio dos Bandeirantes, na Capital.


Ao longo da semana, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (Sincomércio), Omar Abdul Assaf, fez um apelo aos prefeitos para que sensibilizassem o governador. Ele disse que as mais de 10 mil empresas representadas pela entidade, na região, estão “sem perspectiva, sem nenhuma definição do que vai fazer, com lojas trancadas, com funcionários em casa”.


O governador, no entanto, reforçou: “Não há nenhum sentido em imaginar qualquer flexibilização em um momento como esse. Essa é a orientação científica da medicina e dos especialistas”. O estado espera que, pelo menos, 60% ou 70% da população cumpra a quarentena, o que será fundamental para garantir atendimento de qualidade aos infectados. Nesta quarta-feira (8), apenas 49% cumpriram o isolamento – menor índice até o momento.


Medidas


Doria lembrou que aos micro e pequenos empresários, seja da Baixada Santista ou do Estado de São Paulo, o governo destinou R$ 650 milhões para o financiamento desses negócios, durante o tempo de crise, por meio do Banco do Povo e da Desenvolve São Paulo.


“Solicitamos, também, que o Governo Federal abrisse novas linhas de crédito, pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, para atender os microempreendedores. Ainda não houve posição definitiva, pelo menos publicamente anunciada. Mas, tenho certeza de que terão sensibilidade para a destinação de recursos de forma rápida, não burocratizada para atender e financiar o micro e o pequeno empreendedor”.


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