Conseguir um empréstimo é uma ferramenta cada vez mais utilizada para começar uma microempresa

Cerca de 10% dos micro e pequenos empreendedores nem possuem contas bancárias

Por: Ignacio Aglietti  -  26/08/21  -  14:36
Atualizado em 24/11/21 - 13:52
Conseguir um empréstimo é uma ferramenta cada vez mais utilizada para começar uma microempresa
Conseguir um empréstimo é uma ferramenta cada vez mais utilizada para começar uma microempresa   Foto: Divulgação

São muitas as pessoas que sonham com ter o seu próprio negócio, mas do sonho à realidade há uma grande distância. Ainda que nada seja impossível, concretizar a criação de um empreendimento exige dedicação de muito tempo, esforço e recursos.


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Lamentavelmente muita gente teve que fechar as portas por causa desta pandemia que bateu tão forte tanto na economia quanto na saúde. Um relatório divulgado pelo Sebrae e desenvolvido pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostrou que a crise provocada pela chegada do Covid-19 gerou o encerramento de quase a metade dos pequenos negócios do país. O estudo revelou que o total de empreendedores que se enquadram na modalidade, com negócios ativos há pelo menos 3 anos e meio, passou de 22,3 milhões em 2019, para 12 milhões no ano passado.


Mas então, é possível nesse contexto abrir um empreendimento? É, só que neste tempo um dos fatores mais importantes a se levar em conta é ter a certeza de que os recursos serão suficientes para completar o projeto e aguentar o primeiro tempo. Às vezes o dono utiliza as suas poupanças para começar, mas quando aquilo não for suficiente, pensar num empréstimo para um empreendimento pode ser uma boa solução.


Nem sempre é fácil para os pequenos empresários ter acesso aos serviços financeiros, de fato 10% dos micro e pequenos empreendedores nem possuem contas bancárias. Ainda assim, é preciso pesquisar pois existem opções do setor privado e público destinadas aos empreendedores.


Para quem está na procura, o gestor do Programa de Crédito para as pequenas e microempresas do Sebrae-CE, Silvio Moreira, ressalta a necessidade de formular um plano de negócios para fazer uma avaliação financeira. A importância é que, com ele, o empresário pode conhecer qual é a verdadeira magnitude do investimento preciso para abrir o negócio. Para que o plano seja útil é necessário analisar a demanda do produto que será vendido, o público ao qual será dirigido, a concorrência, possível rentabilidade e capacidade financeira para cobrir imprevistos. O plano de negócios também ajuda a ser ciente se a pessoa poderá fazer frente à devolução do empréstimo.


Para aqueles que já tenham decidido contratar o crédito, o próximo passo é comparar as diversas taxas de juros oferecidas no mercado, principalmente porque elas podem ser bastante altas atento que os bancos consideram o risco do negócio não dar certo. Mas este não pode ser o único fator na hora de tomar a decisão: tão importante como as taxas é o prazo de pagamento, a exigência de garantias e, se existe, o período de carência (prazo no qual a pessoa ainda não precisa começar a pagar as parcelas).


Às vezes pode acontecer que o banco rejeite a solicitude de empréstimo para a pessoa jurídica. Nesse caso, o conselho para o empreendedor é procurar a contratação de créditos para pessoa física: o famoso crédito pessoal. Isto porque, mesmo que as taxas aplicáveis no financiamento para pessoas físicas possam ser mais altas, a conveniência tem a ver com as maiores facilidades na hora de conseguir contratar.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelo artigos publicados neste espaço.


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