Após rastro de destruição e mortes na região Sul do País, a frente fria que provocou o “ciclone bomba” avança, enfraquecida, pelo litoral paulista. Apesar da menor intensidade, o fenômeno ainda deve gerar transtornos na Baixada Santista, nesta quinta-feira (2). Modelos matemáticos sinalizam ondas de até três metros, na Baia de Santos.
Conforme dados do Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas (NPH) da Unisanta e da Defesa Civil de Santos, uma ressaca moderada deve ocorrer até as 23 horas desta quinta-feira. As ondas devem atingir até 3,17 metros por volta das 16 horas. Não estão descartadas possibilidade de o mar alcançar a pista da orla em trecho da Ponta da Praia. Há ainda risco de inundações em áreas mais baixas da Zona Noroeste.
Conforme o Plano Municipal de Contingência para Ressacas e Inundações de Santos, o estado é de Atenção devido à previsão de ondas entre 2,0 e 3,0 metros de altura. “Entretanto, não são esperados impactos significativos nas estruturas urbanas costeiras no município de Santos em virtude da intensidade das ondas”, informa o boletim do órgão.
As informações NPH confirmam a previsão de que a agitação marítima se intensifica nesta tarde e madrugada de sexta-feira (3). Na ocasião, a maré na Baía de Santos pode ultrapassar 1,7m na tarde de sexta-feira, representando um aumento de 40cm em relação à tábua de maré.
Segundo carta sinótica da Marinha do Brasil, o fenômeno se formou com esta frente fria já se afastou para o alto-mar, reduzindo efeitos de ventania em terra firme. Com o afastamento do ciclone, já não há mais o risco de ventos acima de 100kh/m, como os que sopraram de terça (30) para quarta-feira (1º). A tendência é de diminuição da força das rajadas de vento no decorrer nos próximos dias.
Estragos
A passagem de um ciclone extratropical intenso, vindo da região Sul do País, provocou prejuízo aos pescadores de Peruíbe. Ao menos 11 lanchas tiveram avarias afundaram, na noite de terça-feira (30). Deste total, ao menos cinco embarcações foram completamento danificadas (o restante podendo ser reformada). Nesta quinta-feira,as ações foram no sentido de recuperar os barcos danificados.
Em Mongaguá, houve um pequeno avanço do mar no trecho da Avenida Governador Mário Covas, na Vila São Paulo, mas sem a necessidade de interdição e as vias seguiram liberadas. Já Praia Grande afirma ter dado prosseguimento às ações de limpeza e remoção de quedas de árvores. Desde a noite de terça-feira (30), cerca de 10 casos foram levantados.
Conforme dados da Defesa Civil de Santos, o nível da maré atingiu 1,52 m por volta da 1h20 desta quarta-feira (1º). O órgão não teve o registro de ocorrência nas últimas 24 horas relacionada às condições climáticas. Posicionamento similar foi informado pelas demais administrações da região.