Aluguéis sobem acima da inflação em Santos e Praia Grande
Segundo Índice Fipezap, metro quadrado da locação em Santos subiu 7% no ano passado, e atingiu R$ 34
O preço dos aluguéis em Praia Grande e em Santos fecharam o ano entre as maiores altas acumuladas para 2020. Em Santos, o acumulado foi de 7,39% em relação a 2019. Na Cidade de Praia Grande, esse número ficou em 6,25%.
Os dados são do Índice FipeZap de Locação Residencial, que acompanha o preço médio de locação de apartamentos prontos em 25 cidades, com base em anúncios veiculados em portais imobiliários. Os percentuais das duas cidades são maiores do que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado. O IPCA é o principal índice da inflação e subiu 4,52%.
Porém, contratos já em execução são reajustados pelo IGP-M, que subiu 23,14% no ano passado. Devido ao percentual elevado, puxado pelo efeito da alta do dólar e consumo de alimentos na pandemia, a negociação entre dono e inquilino se tornou comum.
Segundo o coordenador do FipeZap, Eduardo Zylberstajn, o comportamento das pessoas durante a pandemia pode ter influído na variação dos preços. A busca por locais em que se possa fazer home office com maior qualidade de vida, como as cidades litorâneas, pode influir na variação dos preços dos anúncios. “Há evidências de que muitas famílias que deixaram suas casas na Capital e se mudaram para o Interior ou Litoral certamente reforçam essa hipótese”, diz.
Santos aparece em terceiro lugar no ranking de preços médios de locação por cidade, com R$ 34,38 por metro quadrado. Para um imóvel de 100 metros quadrados, o aluguel será de R$ 3.438, 00.
Este valor está acima da média ponderada dos 25 municípios com anúncios no site, que é de R$ 30,46/m2. Santos perde apenas para a Capital, com R$ 40,06/m2 e Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, com R$ 37,65/m2.
Praia Grande é a nona colocada. O valor médio da locação por metro quadrado lá é de R$ 24,25. Um imóvel de 100 m2 sairá por R$ 2.425, 00 – 29% mais barato que o de Santos. “Entre os motivos que podem explicar esse fenômeno, entendo que temos a infraestrutura da cidade, a oferta limitada de bons imóveis e também a natureza das locações, de prazos menores”, diz Zylberstajn.
