Deputada federal apela a Bolsonaro e ministro da Infraestrutura para manter Petrobras em Santos

Rosana Valle (PSB-SP) citou a transferência de 937 trabalhadores de Santos para o Rio de Janeiro, além do risco de desativação do prédio da estatal no município

Por:  -  22/05/20  -  21:36
Atualizado em 22/05/20 - 21:39
Sindicato estima perda de 20% da mão de obra alocada na torre da Petrobras, no Valongo
Sindicato estima perda de 20% da mão de obra alocada na torre da Petrobras, no Valongo   Foto: Alberto Marques/Arquivo/AT

A deputada federa Rosana Valle (PSB-SP) fez um apelo ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para evitar que Petrobras reduza as operações na Baixada Santista. A parlamentar anexou uma reportagem de A Tribuna, que relata a transferência, a partir de 1º de junho, de 937 trabalhadores de 7 plataformas de exploração e produção de petróleo e gás natural de Santos para o Rio de Janeiro.


“A Petrobras já havia desativado voos do Aeroporto de Itanhaém para o Rio. Agora vai cortar o transporte destes trabalhadores entre Santos e o Rio. Assim, a empresa sinaliza que pretende abandonar suas atividades em São Paulo, causando mais desemprego na Baixada, fim de investimentos importantes e queda das receitas municipais e estaduais”, alertou a deputada.


Além disso, Rosana também ressalta que outra consequência pode ser a desativação de um edifício administrativo no Centro de Santos, com perda de mais cerca de 1 mil postos de trabalho.


“O impacto na região será enorme, justamente agora, quando grandes empresas fazem doações e outros gestos de parcerias solidárias. Trata-se, portanto, de ter um olhar para as pessoas e não somente para os números.”, protestou a pessebista. 


Usiminas


A deputada federal também citou que a Usiminas anunciou a demissão de mais de 900 empregados em Cubatão, mesmo tendo a possibilidade de usar a Medida Provisória 936, que permite a redução de salários para manter os empregos enquanto durar a pandemia. 


O Sindicato dos Metalúrgicos, com apoio da parlamentar, conseguiu uma liminar da Justiça do Trabalho suspendendo as demissões. Mas a ameaça persiste, uma vez que a Usiminas já afirmou que vai recorrer. Rosana Valle cobra uma ação do presidente e do ministro pela manutenção destes empregos, sobretudo neste momento de pandemia.


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