Mãe manda abajur para escola da Baixada Santista após filha reclamar de 'escuridão' em sala de aula

Mães de alunos reclamam de lâmpadas queimadas em escola municipal: "Foram meses sem aulas, e cadê?"

Por: Carolina Faccioli  -  21/05/22  -  09:57
Atualizado em 21/05/22 - 16:12
Letícia ficou com um abajur na mesa por uma semana
Letícia ficou com um abajur na mesa por uma semana   Foto: Arquivo Pessoal

A baixa iluminação na Escola Municipal Antônio Ortega Domingues, no Jardim Casqueiro, em Cubatão, tem preocupado os pais de alunos do Ensino Fundamental.


O problema fez com que Krislaine Gonçalves de Lima Toledo, de 33 anos, fornecesse um abajur para que a filha, que tem deficiência visual, pudesse estudar melhor. O item acompanhou Letícia por uma semana até o problema ser resolvido na sala da criança, que cursa o 4º ano.


Em conversa com A Tribuna, Krislaine conta que a filha começou a reclamar das lâmpadas queimadas na sala de aula há 15 dias. A mãe então compareceu na escola e constatou ao menos nove lâmpadas queimadas na sala de aula.


Letícia tem glaucoma congênita e não é a única criança com problemas de visão na classe, segundo a mãe. "Eu me preocupei assim que ela chegou em casa e me disse que não estava conseguindo ver direito. Para nós que enxergamos já é difícil ver no escuro, imagina então para quem tem baixa visão. Por isso, mandei um tipo de abajur com ela na escola para ajudar".


A mãe da aluna procurou a Administração Municipal, mas explica que a escola também ajudou na busca por providências, já que o problema também atinge outros alunos.


Nesta sexta-feira (20), ela foi até a escola e viu técnicos cuidando das lâmpadas. Porém, a solução não saiu como o imaginado. A mãe afirma que ao invés de colocarem luzes novas, a sala recebeu lâmpadas de outras salas (brinquedoteca e sala de funcionário).


Diane Nathali, de 33 anos, é mãe de um aluno que também estuda quarto ano, porém, em outra sala. Ela afirma que o garoto estuda no “no escuro”, com quase todas as lâmpadas queimadas.


Além disso, Diane cita que o filho já falou que outras classes estão na mesma situação. “É um constrangimento com as crianças, fora que atrapalha muito eles. Tiveram tempo pra resolver essas coisas, muitos meses sem aula, e cadê?”, desabafa a mãe, que também gostaria de ver tudo resolvido em breve.


O que diz a Prefeitura
Em nota, a Secretaria Municipal de Manutenção Urbana e Serviços Públicos (Sesep) informa que o problema será resolvido nos próximos dias. As lâmpadas estão sendo adquiridas por meio da ata de materiais elétricos já homologada. A UME Ortega é uma das prioridades da Sesep neste trabalho. Outras unidades também estão incluídas na troca de lâmpadas.


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