Jovem ameaça matar alunos e professores em escola de Cubatão

O caso ocorreu na última terça-feira (21) na Vila Natal

Por: Natalia Cuqui  -  22/09/21  -  16:54
 O jovem entrou na escola sem dificuldade e fez ameaças a quem estava na unidade
O jovem entrou na escola sem dificuldade e fez ameaças a quem estava na unidade   Foto: Marcus Cabaleiro/Prefeitura de Cubatão

Um jovem é acusado de ameaçar matar alunos e professores da Unidade Municipal de Ensino (UME) Ulysses Guimarães, na Vila Natal, em Cubatão, na última terça-feira (21). Segundo apurado por A Tribuna, ele não é estudante da unidade e nunca havia sido visto no colégio. A Polícia Militar foi chamada, mas não houve o registro de boletim de ocorrência até o momento por parte dos responsáveis pela UME.


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A cena assustou jovens e profissionais que atuam na unidade, localizada na Rua São Francisco de Assis, uma das mais movimentadas do bairro. De acordo com o professor Welinghton Ribeiro, de 53 anos, o jovem entrou na escola às 13 horas. As portas da unidade costumam ficar abertas durante todo o dia, e a quadra esportiva é cercada apenas por um alambrado, que, segundo o professor, foi destruído.


Ele conta que, na terça-feira, conversou com o invasor, na tentativa de convencê-lo a sair da escola, e teve a impressão de que o jovem sofria de algum distúrbio psicológico, além de falar diversas vezes a mesma expressão em inglês. "Ele repetia 'kill you' (matar você) a cada professora que chegava, mas na troca de palavras percebi que ele estava perturbado".


O docente, que também faz parte também do Conselho de Segurança Pública, disse que levará o episódio às próximas reuniões. Aparentemente, o jovem não estava armado.


"Trata-se de uma unidade escolar. Não se pode permitir que estranhos fiquem dentro. Todos os funcionários pedem uma fiscalização, e essa cultura de acesso livre não pode ocorrer. O terreno precisa ser fechado, e o acesso, controlado, para não haver mais ameaças. É preocupante que isso possa acontecer de novo".


Quem também dá aulas na unidade é a ex-prefeita de Cubatão Marcia Rosa, que foi uma das abordadas pelo suspeito. "Fiquei até as 18 horas na escola. Foi a primeira vez que eu passei por isso. Não dá pra ignorar ou minimizar tal ameaça. Nossos alunos são crianças e adolescentes e precisam ser protegidos", desabafa.


Em nota enviada à Reportagem, a Secretaria de Educação de Cubatão explicou que o suspeito não é aluno nem ex-aluno. A pasta reforça ainda que a direção chamou a ronda escolar, mas que o invasor já havia ido embora antes da chegada da viatura.


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