Os professores da rede municipal de ensino de Cubatão optaram por dar continuidade à greve até a próxima sexta-feira (29). A decisão foi tomada durante assembleia realizada nesta terça-feira (26), na frente do Paço Municipal. A categoria reivindica o acréscimo salarial de 30% a título de gratificação por nível universitário, benefício que foi retirado após decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dos motivos para a continuidade da paralisação tem ligação com proposta feita pela prefeitura, de apresentar o novo projeto de lei na sexta-feira. Com isso, os docentes seguem em manifestação até tomarem conhecimento do projeto. Caso não seja apresentado, a categoria manterá os protestos.
Também no encontro desta terça, os professores decidiram realizar novo protesto nesta quarta-feira (27), para reivindicar o acréscimo salarial. Além disso, os servidores públicos irão se reunir em uma manifestação na quinta-feira (28), para lembrar um protesto que terminou em confronto com a Polícia Militar em 2017.
Histórico
No ano passado, o benefício foi retirado após o município reajustar o quadro salarial dos servidores, depois que o 3º artigo da Lei Complementar 85, de dezembro de 2016, foi julgado como inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Com faixas e cartazes, a greve foi iniciada na última quarta-feira (20), em frente ao Paço Municipal de Cubatão. A categoria reivindicava quatro itens não cumpridos pela administração municipal: não encaminhamento do projeto de lei que trata da recomposição das perdas salariais para a Câmara; falta de pagamentos de ampliação de jornada e carga suplementar de forma clara, em janeiro e fevereiro; não ter dado retorno à solicitação do congelamento da tramitação das revisões de aposentadoria dos professores; e não ter dado retorno à solicitação do sindicato sobre o pagamento de férias dos professores de nível técnico sem o desconto de 30%.