Sensação no Rock in Rio, Júnior Groovador vem a Santos

Baixista conquistou o público do festival após uma jam com o ator e cantor Jack Black

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  09/11/19  -  13:14
  Foto: Divulgação

No último Rock in Rio, o baixista Júnior Bass Groovador foi um dos grandes destaques do festival. Fazendo uma jam com o Tenacious-D, projeto do ator e cantor Jack Black, ele conquistou o público pela habilidade nas cordas e por esbanjar carisma.


Neste sábado (9), a partir das 17 horas, ele estará no Boteco Valongo (Rua São Bento, 43, em Santos), junto com o Green Day Cover, que está na estrada há 21 anos. A festa será completada com uma apresentação do Nirvana Cover (Wishkah).


O instrumentista potiguar possui referências de músicos do Nordeste. Tem como maior influência George Mendonça, ex-baixista da Montagem.


“Ele toca muito. É artista completo, do brega ao rock. Eu vi o contrabaixo sendo destacado não só no rock, mas no forró, axé, samba-reggae, reggae das antigas”, comenta Junior, que conversou com A Tribuna, na noite de quarta-feira.


O baixista também citou outros nomes marcantes como Faísca Bass (Mastruz com Leite), o qual considera uma “referência gigantesca no mundo forró”, e Marigerson (Some Louvor).


Entretanto, ninguém tira o posto de referência maior de George. “Nunca fiz aula de baixo. Eu conheci o meu maior ídolo, o George, e ele me orientava. Não se considera um professor. A humildade dele é gigantesca. Eu ia na casa dele, pegava umas dicas. Eram dicas sobre minha identidade”.


No início da carreira, o Groovador não tinha baixo, nem amplificadores. Ele pegava emprestado com os amigos e tentava acompanhar os vídeos em VHS. “Encostava o braço do baixo no guarda-roupa e dava um som pra sair. Não fica igual um cubo, mas dá para escutar as notas e tons”.


Hoje, conhecido por sua versão incrível de Smells Like Teen Spirit, do Nirvana, Júnior conta que teve dificuldade para encontrar parceiros dispostos a seguir carreira. “Toquei em muitas bandas e projetos, mais de 50. Cheguei a trabalhar com dois cantores, mas na hora de seguir a proposta, eles decidiram investir em carreiras solo”.


Pós show no Rock in Rio


Antes da apresentação no Rock in Rio, Júnior recorda que estava trabalhando como vigilante em Natal (RN). As portas com o músico estavam se fechando. “Eu sempre tive minha identidade, mas os cantores não aceitavam isso”.


Entretanto, tudo mudou após o encontro com Jack Black.“Hoje não trabalho mais como vigilante, estou vivendo da música. Estou fazendo meus shows, workshops, fechando patrocinadores”.


Sobre o show em Santos, Júnior se mostrou um apaixonado pelo trio californiano. “O Green Day marcou minha época de estudos. Tinha um amigo apaixonado por Green Day e o CD 'Dookie' marcou muito a nossa época. Estarei na mesma sensação de tocar com o Green Day original”.


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