Realejo celebra seus 18 anos com Choro

Livreiro confirma lançamentos e 11ª edição da Tarrafa Literária

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  31/05/19  -  23:25
  Foto: Vanessa Rodrigues / AT

“No dia da inauguração dessa livraria, na Marechal (Deodoro, 2, no Gonzaga), em 2003, a primeira caixa que a gente abriu, passei o estilete, e o título do livro que estava no topo e olhava pra gente se chamava 'Milagres'. Nunca mais tirei isso da cabeça”.


A lembrança é do livreiro, colunista de A Tribuna e proprietário da Realejo Livros, José Luiz Tahan. Nesta sexta (31), a partir das 18h30, a livraria celebra seus 18 anos de história, com o 'Choro de Bolso'. A trajetória teve início em 2001, com um estabelecimento dentro da UniSantos.


E o título 'Milagres' citado por Tahan tem tudo a ver com a história da livraria. Com o mercado editorial vivendo uma crise sem precedentes no Brasil, existir e expandir é um feito merecedor de aplausos. Só para se ter uma ideia, Laselva, Saraiva e Cultura foram algumas das principais vítimas na última temporada (entre pedidos de falência e recuperação judicial).


"É muito bom viver esse momento dos 18 anos,atingirmos a maioridade em um período de tanta transformação. Se você olhar para trás e ver como era a rotina de uma livraria antes da internet, muita coisa mudou”, avalia Tahan.


Diversificação nos negócios


De acordo com o livreiro, o modelo de atuação em tempos de crise é a diversificação. Ele cita as iniciativas realizadas ao longo dos últimos anos para justificar as ações e desafios da empresa para os próximos.


“Atuar como um centro de eventos literários, com sessão de autógrafos, música na frente da livraria, clubes de leitura. Agora teremos o clube de leitura infantil para pais e filhos. Varejo (livraria), editorial (editora) e eventos literários são a nossa receita”.


Tarrafa Literária


A 11ª edição da Tarrafa Literária, principal evento desse segmento na região, está confirmada. Acontece entre os dias 25 e 29 de setembro. Mas ainda não tem nenhum nome revelado, apesar das dicas de Tahan.


“Estamos com parcerias com Portugal e Finlândia para essa edição. E logo teremos novidades para divulgar”, comenta.


Segundo o proprietário da livraria, o festival é um amadurecimento dos projetos da Realejo.


“Começou nos encontros com os escritores na livraria, nas dependências do Sesc-Santos. Isso nos ajudou a ir criando uma bagagem para o nosso caminho”, justifica.


Editora


A editora também é outra prova de sucesso da Realejo. Criada em 2006, a Realejo Edições já ultrapassou a marca de 130 livros publicados. São autores da região, de outras cidades, estados, até de outros países. “Teremos publicações estrangeiras nos próximos meses. Vamos seguir em frente, apesar do cenário desafiador. Temos energia para seguirmos adiante”, adianta o livreiro, também sem citar nomes.


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