Festival revela o melhor de Bertioga

Cerca de 200 fotografias, de vários autores, mostram a cidade sob vários ângulos, em exposições que ficarão abertas até o dia 10

Por: Guilherme Gaspar & Colaborador &  -  01/11/19  -  13:37
  Foto: Alexsander Ferraz / AT

A sexta edição do Revela Bertioga, festival de fotografias que integra diversas atividades pela cidade, teve início na noite desta quinta-feira (31). Durante a cerimônia de abertura, realizada na Tenda de Eventos de Bertioga (Av. Vicente de Carvalho, 787, Centro), convidados e autoridades assistiram à entrega do Prêmio Palê Zuppani ao fotógrafo português radicado em Curitiba (PR), Orlando Azevedo, cuja imagem foi escolhida, entre tantas inscritas no concurso.


A noite também foi marcada pelo lançamento das exposições que reúnem cerca de 200 fotos de vários profissionais e ainda por uma apresentação de dança da tribo indígena do Rio Silveiras.


“Na verdade, a programação do Revela Bertioga teve início ainda em fevereiro. Desde então, mais de 400 pessoas estiveram envolvidas no projeto, por meio de oficinas destinadas a todos os públicos”, destacou o premiado fotógrafo Du Zuppani, organizador do evento.


Para ele, o festival tem a finalidade de apresentar as particularidades de Bertioga – das curiosidades à cultura cênica – por meio dos olhares de todos os envolvidos. No total, cerca de 200 fotografias estarão expostas no Forte São João, até o dia 10 deste mês.


“Uma das mostras foi feita pela tribo do Rio Silveiras, que participou da abertura. Para viabilizar isso, demos algumas aulas para seus integrantes, que nos devolveram 20 registros pessoais, feitos com smartphones”, revelou Zuppani.


Outras 60 fotografias foram feitas por pessoas que moram ou apenas passaram por Bertioga.


“Recebemos essas fotos entre julho e agosto. Depois, elas passaram pela curadoria de Delfim Martins. Para uma seleção justa, ele não sabia de quem eram aqueles registros”, explicou o organizador.


Atividades


Assim como as exposições, a programação do Revela Bertioga segue até o dia 10. Durante esse período, cursos, palestras e até mesmo expedições fotográficas serão disponibilizados.


“Durante dez dias, teremos nomes como Ester Ramirez, expoente em fotografia de aves; Derli Mello, especialista em pós-produção de foto e Ana Carolina Fernandes, que faz um trabalho fantástico no Rio de Janeiro”, elencou Zuppani.


O cronograma completo das atividades pode ser acessado no site oficial do evento.


Prêmio Palê Zuppani


Entregue ao fotógrafo português Orlando Azevedo, o Prêmio Palê Zuppani teve uma forte carga emocional para o organizador. Isto porque, em 2013, Du Zuppani deixou o comando do festival para cuidar do filho Palê, na época diagnosticado com leucemia. Seis anos depois, ele está de volta ao Revela Bertioga para dar continuidade à ideia concebida por Palê, que morreu em 2015.


“Ter um prêmio com o nome do meu filho foi uma grande surpresa para mim. Mas isso tudo é sobre o reconhecimento do grande fotógrafo que ele foi”, acredita Du Zuppani.


A volta do Revela


A primeira etapa do Revela Bertioga durou de 2011 a 2015. Entre 2016 e 2018, o festival não foi realizado pela prefeitura local.


Du Zuppani, que comandou as três primeiras edições do festival, não pensava em retomar o evento até que foi convencido por membros da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bertioga. “Ficou decidido que era a hora de voltar com o evento, e assim fizemos”, informa.


Porém, antes de oficializar esse retorno, Du Zuppani deixou clara a sua intenção de democratizar a fotografia, buscando apoios como o da própria associação e do Sesc Bertioga. “O Revela Bertioga foi construído pela alma dos fotógrafos para servir a cidade. Que assim seja”.


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