Amilton Godoy Trio passeia pela discografia do Zimbo Trio no Sesc Santos

Evento alusivo ao Dia Municipal da Bossa Nova conta ainda com show de Celso Fonseca

Por: Lucas Krempel  -  24/01/20  -  11:28
Atualizado em 24/01/20 - 11:40
Amilton Godoy marcou época como pianista do grupo Zimbo Trio
Amilton Godoy marcou época como pianista do grupo Zimbo Trio   Foto: Divulgação

Neste sábado (25), Dia Nacional e Municipal da Bossa Nova, o Sesc Santos será palco para dois dos músicos mais festejados de todos os tempos: Celso Fonseca, com uma homenagem a Tom Jobim e João Gilberto (às 19h), e Amilton Godoy Trio, com tributo ao Zimbo Trio (às 21h). Os shows compõem a programação do Rio Santos Bossa Fest.


Feliz com a apresentação no Sesc, Amilton enalteceu o reconhecimento da bossa nova no calendário local. “É super louvável esse tipo de homenagem. A bossa nova é parte importante da nossa história”.


O repertório terá foco maior no álbum Tributo ao Zimbo Trio, lançado no ano passado. O registro é uma homenagem ao lendário grupo formado por Amilton, Luís Chaves e Rubinho Barsotti.


“Vou dar exemplos de como surgiu o samba jazz, a bossa nova, os arranjos do Zimbo Trio. Estou com dois músicos excepcionais no palco: o baterista Edu Ribeiro e o contrabaixista Sidiel Vieira”, diz Amilton.


Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Egberto Gismonti, Djavan, Milton Nascimento, Gilberto Gil e Hermeto Pascoal são alguns dos artistas que compõem o repertório do show.


Para Amilton, o grande legado do Zimbo Trio está na quebra de barreiras. “É uma música equiparada com o jazz americano. Mostramos que poderíamos fazer jazz sem repertório estrangeiro. Viajamos por mais de 40 países. As pessoas querem vivenciar o Zimbo”.


Com 51 discos gravados com o Zimbo Trio, o pianista acredita que não pode usar o nome do grupo, após um conflito de interesses por parte de um familiar de Rubinho Barsotti, que atrapalhou um pouco a carreira.


“Faltava menos de um ano para completarmos 50 anos de carreira. Tinha pensado em várias apresentações alusivas. Deveria haver o mínimo de respeito pela carreira. Sou fiel aos meus princípios, não vou mudar isso. A história está toda aí, gravada em dezenas de discos. Ninguém pode negar”.


Questionado se tem conhecimento do estado de saúde de Rubinho, que está afastado dos palcos há anos, Amilton demonstrou tristeza por não estar no palco com ele. Disse que o ex-companheiro está em uma “casa de saúde, com toda assistência médica necessária”.


“Sinto por não poder dividir o palco com ele. Tenho um carinho imenso. É um músico que influenciou muita gente. E quando estamos no palco, procuramos homenageá-lo da forma mais respeitosa possível”.


Novo projeto
Antes mesmo do show no Sesc, Amilton revela que deseja voltar o quanto antes para Santos. Em fevereiro, ele lançará o álbum Juntos, gravado com o filho saxofonista Tico de Godoy. “Fiz uma música chamada Juntos, que abre o disco. Novos Caminhos dediquei para a minha mulher. Então é um repertório interessante, renovado, além de composições do Edu Lobo e Egberto Gismonti”.


O que mais anima Amilton é a troca de experiência com os músicos mais jovens. “Fazer jazz com música brasileira não é para qualquer um. Sou muito estudioso, muito ativo, tocar com eles também me traz muitas coisas novas”.


Serviço: os ingressos para os shows de Amilton de Godoy e Celso Fonseca custam entre R$ 9,00 e R$ 30,00. Eles podem ser comprados na bilheteria do Teatro do Sesc, na Rua Conselheiro Ribas, 136, na Aparecida. Informações pelo telefone 3278-9800.


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