Wallows: amizade de infância que virou sucesso

Banda do protagonista da série 13 Reasons Why toca no Lollapalooza Brasil

Por: Lucas Krempel & Caíque Stiva &  -  29/01/20  -  11:41
Atualizado em 29/01/20 - 11:55
Banda é uma das atrações do festival Lollapalooza 2020
Banda é uma das atrações do festival Lollapalooza 2020   Foto: Divulgação

Quando estiver diante do público do Lollapalooza Brasil, no início de abril, Dylan Minnette viverá uma experiência marcante. Há pouco mais de dois anos, ele lidera o Wallows junto com dois amigos de infância, Braeden Lemasters e Cole Preston. Os três na faixa dos 23 anos.


A banda tem apenas um álbum de estúdio, Nothing Happens, lançado em março passado. O pós punk e indie rock dos músicos é muito bem tocado. Bem aceito pelos fãs, o grupo ainda ganhou impulso por conta da carreira paralela de Minnette. Ele vive Clay Jensen, o protagonista da série 13 Reasons Why, da Netflix.


O assunto, no entanto, nem entra na conversa que tivemos com o trio, por telefone. Simpáticos, eles falaram sobre a amizade duradoura, influências, gravação do primeiro álbum e o sucesso meteórico da banda.


“Somos muito sortudos por estarmos juntos há tanto tempo. É muito legal ver que temos uma ligação muito forte um com o outro desde crianças. Nós costumamos nos ajudar e aprender um com o outro desde que nos tornamos amigos, e isso nunca mudou. É diferente de sermos irmãos, porque é normal que irmãos tenham atritos e briguem, mas isso não acontece com a gente”, comenta o baterista, Cole Preston.


Guitarrista e backing vocals, Braeden afirma que a afinidade musical entre os três foi preponderante para o fortalecimento da amizade no início.


“Éramos adolescentes conversando sobre rock clássico. Eu aprendi a tocar guitarra com 12 anos e aos 13 formei a banda com eles. Então, as coisas aconteceram muito rápido quando éramos jovens. Nós logo fomos convidados para um programa de TV de Los Angeles, então começamos a tocar em alguns lugares”.


Braeden disse que a ideia de levar a banda a sério não tardou. “Passamos dias trancados no quarto compondo músicas. É muito estranho pensar em tudo isso. Há dois anos, nós começamos a lançar músicas. Hoje, pessoas ouvem no mundo todo. É muito estranho, porque somos muito jovens”.
Vocalista e guitarrista do Wallows, Dylan Minnette também ficou surpreso com a popularidade da banda. Mesmo com uma carreira em alta na TV, que inclui também papéis em Two and a Half Men, Prison Break, Grey’s Anatomy, Lost, Scandal, Supernatural, entre outras, o astro revela um certo deslumbramento.


“No ano passado, nós tocamos para nossos amigos em lugares pequenos da Carolina do Norte. Hoje, nós esgotamos casas de show nas mesmas cidades em que costumávamos tocar quando começamos. Isso aconteceu em um espaço muito pequeno de tempo. E agora que estamos crescendo e atingindo outros continentes, como a América do Sul, onde faremos shows, fico muito orgulhoso de nós. Mal posso esperar pra ver quão importante nossa música se tornou para pessoas do mundo todo”.


Cole conta que, ao longo do tempo, os integrantes experimentaram influências diversas. Começaram pelas clássicas como Beatles e Guns n’ Roses. Quando cresceram, The Strokes e Arctic Monkeys passaram a ser mais presentes. “Começamos a fazer um som parecido com o dessas bandas”.


Hoje, no entanto, revela que o foninho ainda mais eclético. “Escutamos de tudo um pouco. Tentamos pegar um pouco de tudo que ouvimos para nos inspirar. Amamos Frank Ocean, mas também amamos Ariana Grande. Ou seja, tentamos consumir um pouco de tudo. Mas eu amo mesmo o rock”.
Nothing Happens, o álbum de estreia, é mais calcado no pós punk, mas não deixa a sonoridade indie pop de lado. Até o momento, três singles tiveram bons desempenhos nas plataformas de streaming: Are You Bored Yet? (com participação de Clairo), Scrawny e Sidelines.


Dylan fala com muito carinho do debute. “Gravar o álbum foi um prêmio para a gente. Passamos anos sonhando em gravar um álbum um dia. Tivemos esse sonho por muito tempo. Além disso, essas músicas tinham sido feitas por nós há anos e ficaram presas por bastante tempo também”.


Para o vocalista, trabalhar com música e tornar real a carreira da banda é um “sonho, algo muito inspirador”. O resultado foi tão positivo que eles já pensam no próximo álbum.


“Agora, nosso foco também é criar mais e mais músicas e gravar todas que tivermos. Depois vamos escolher as melhores para o próximo álbum. Por isso, não temos a menor ideia de como o próximo vai ser”, comentou Dylan, aos risos.


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