Valdi Ercolani lança sua quarta obra sobre a busca de Inocêncio

'Inocêncio em Busca do Grande Homem' foi lançada nesse mês, pela Selene Editora

Por: Bruna Faro & Da Redação &  -  22/05/19  -  13:20
  Foto: Divulgação

“Como podemos crescer, se a cada dia que passa um pedaço de nossa inocência nos abandona? Nossas imperfeições vêm de berço? São empilhados sobre nós na infância? É chegada a hora de me despojar do homem velho e outra vez me revestir de um homem novo?”, questiona Inocêncio, em um trecho do livro 'Inocêncio em Busca do Grande Homem'.


A obra, escrita pelo gaúcho Valdi Ercolani, de 80 anos, conta, em 265 páginas, mais uma jornada do protagonista. O autor já escreveu quatro histórias sobre a vida do personagem, 'Inocêncio e a Criança Divina', 'O Despertar do Inocêncio', 'Inocêncio e o início da Jornada', e o atual, 'Inocêncio em Busca do Grande Homem'. A obra foi lançada nesse mês, pela Selene Editora, e custa R$ 65,00.


Nas linhas desse novo conto, Inocêncio se encontra em um momento muito importante na história do Brasil: em 1963, quando o presidente João Goulart enfrentava dificuldades nas relações com os Estados Unidos. O protagonista passa também por sua deposição pelas Forças Armadas, em 1964, e é perseguido pelos órgãos de repressão contra os opositores do governo militar.


Além de toda a passagem pela história do país, a luta maior de Inocêncio é em busca do grande Homem. Mas quem será esse misterioso ser? Ercolani responde: “Ele é representado pelo Self, termo criado pelo psiquiatra suíço Carl G. Jung. O nosso "Eu" superior, forjado pelo conflito entre o ego e a alma. Quando encontramos o nosso Self, trazemos a experiência interior do ser completo para a vida exterior e assim tornamos o que está fora a imagem de dentro”.


Com uma análise sobre o interior de Inocêncio, o autor consegue fazer um paralelo da criação das pessoas com o desenvolvimento da sociedade. “Se a humanidade estivesse sob o comando do 'Eu' superior, com certeza haveria mais escolas e menos prisões, mais livros e menos armas, mais virtudes e menos vícios, mais solidariedade e menos ganância”.


O tema dos livros de Ercolani é, em sua maioria, a busca do autoconhecimento. “É um projeto ético, que busca a realização de algo que leve o indivíduo a governar a si mesmo e, consequentemente, um ser humano melhor, uma vez que só um profundo conhecimento de si abre caminho para o conhecimento do outro”.


O nascimento de Inocêncio


“Inocêncio deriva do Inocente, o primeiro arquétipo da criança quando ela vem ao mundo. É a parte do nosso ser que acredita em si, acredita nos outros e tem fé na vida”, explica Ercolani sobre o personagem principal de suas tramas.


O protagonista surgiu de inspirações, como sua formação em Cinema, até a admiração pela mitologia. “Surgiu sobretudo da Jornada do Herói, do jovem que é chamado à aventura de viver, que parte para enfrentar o desconhecido e retorna após a vitória. A intenção do projeto é narrar a jornada do Inocêncio, de autodescoberta, uma jornada em busca de si mesmo, percorrendo os cinco estágios do crescimento humano, ou seja, infância, juventude, maturidade profunda e colheita”.


Ercolani começou a escrever depois que percorreu sua jornada humana. Aos 60 anos, após refletir sobre a vida, ele decidiu deixar sua marca com as letras. “Penso que, antes de partir deste lindo planeta, cada um de nós deve deixar suas pegadas, não importa o tamanho. Decidi então deixar as minhas na forma de livros”.


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